José Milhazes, o massacre nos Estados Unidos e os pesticidas na fruta

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Foi o viral da semana: José Milhazes terá traduzido à letra em direto um cântico anti-Putin, usando uma palavra que rima com espantalho e deixando Clara de Sousa num chilique. Credo, ao menos o Marques Mendes quando diz asneiras é só ao nível do conteúdo e não da forma.

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Muita gente ficou chocada com o palavrão, ainda por cima em pleno noticiário. Mas ninguém pensa nas crianças? Ver corpos estropiados em Mariupol ainda é naquela, agora más educações? Ainda por cima vindas de um senhor que os petizes adoram porque parece o Pai Natal?

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O ministro russo dos Negócios Estrangeiros revelou que Moscovo pretende focar-se no desenvolvimento de laços com a China. Se forem oficialmente aliados e der em sanções, recomendo que comecem a amealhar eletricidade nuns frascos na arrecadação, que a EDP é mais chinesa que o chau min de gambas.

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O Texas foi palco de outro massacre, desta vez numa escola primária. Biden reagiu: “Quando, em nome de Deus, vamos enfrentar o ‘lobby’ das armas?”. A resposta é: nunca. Mais depressa se convence um português a deixar de comer bacalhau e ver o BB do que um americano a abdicar da sua Glock.

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Nos Estados Unidos estão muito preocupados em proteger as crianças de grandes ameaças como a “agenda LGBT”. Já proteger de armas, não tanto. Talvez se a espingarda for toda em purpurinas e tocar Lady Gaga se ralem um bocadinho.

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A Deco alertou: atenção ao tamanho dos produtos no supermercado, já que anda aí a “reduflação” – a redução das quantidades para manter os preços. Já tinha notado que o meu carrinho de compras agora parece estar cheio daquelas miniaturas do Lidl que se colecionavam.

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Na verdade, até dava um divertido filme: “Querida, Encolhi O Tamanho Dos Produtos Básicos Para Os Tansos Dos Clientes Não Perceberem Que Aumentámos Os Preços E Ficarem Só A Achar Que De Repente Andam A Comer Muito Mais Maçãs E Arroz”. Muito longo, o título?

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Maçãs e peras cultivadas em Portugal estão entre as frutas com maior quantidade de pesticidas perigosos, indica uma análise a fruta fresca europeia relativamente a 2019. Por isso é que eu só como assadas com Vinho do Porto, para ver se o calor e o álcool desinfetam.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 29 de maio – número 1566 – da “Notícias Magazine”]