O objeto escolhido pela cantora e compositora Luísa Sobral.
“É difícil escolher um objeto, porque, na verdade, não sou muito de objetos. Se há algo que, ao desaparecer, me deixasse triste? Acho que não. Não sou apegada a objetos, nem tenho amuletos. Acho que, qualquer que seja o objeto que perca, posso recomeçar do zero. Nenhum objeto é insubstituível. Por isso, sem ser o telefone ou a carteira – que são objetos comuns necessários à maioria de nós – , para decidir o objeto que destacaria, pensei no que, além desses dois, mais anda comigo. É a minha máquina fotográfica analógica. Foi oferecida e desde que a recebi que deixei de tirar fotografias com o telemóvel. Levo sempre a máquina, mas só a uso em momentos especiais. Tiro uma fotografia e usufruo do momento. É a magia do analógico. E, depois, imprimo as fotos. Essa é até a minha parte favorita. Fico mais entusiasmada com o momento em que recebo as fotografias do que quando as tiro. Pareço uma criança com uma prenda de Natal. Depois disso criei ainda um momento de família, em que, com os meus filhos, colo as fotografias num álbum . E todo este processo mudou a minha forma de ver o Mundo.”
Cantora e compositora
35 anos
