Escolhas culturais de Luís Osório: sem redenção, de volta à caverna

O mais recente livro de Luís Osório, editado em maio, intitula-se “Ficheiros secretos - Histórias nunca contadas da política e da sociedade portuguesas”. Uma edição Contraponto (Foto: José Lorvão)

Escolhas culturais do escritor.

Ozark

Ver esta série de Bill Dubuque e Mark Williams ajudou-me a não ter qualquer tipo de esperança numa redenção humana. A frase publicitária do “vai ficar tudo bem” que ouvimos durante a pandemia era manifestamente exagerada. “Ozark” é uma série que nos diz muito sobre este ofício de viver, como diria Cesare Pavese.


Pessoa. Uma Biografia

Estou a ler a biografia escrita por Richard Zenith, uma obra colossal sobre uma abstração. Num tempo que tanto premeia a “verdade” e o politicamente correto é revigorante mergulharmos na vida de um homem que carrega em si tantas sombras e onde as fronteiras entre a realidade e a ficção são tão ténues.


Homem e Animal

Na Academia Real das Artes, vimos os quadros de Francis Bacon expostos como se fossem um pressentimento. Um pintor que insiste em cortar o que somos em camadas que procuram a essência, seja isso o que for. Bacon não nos anuncia um novo mundo, os seus quadros anunciam-nos sim o regresso a uma caverna onde nos reencontraremos com o que sempre fomos.