26 de junho de 1927. A primeira vez que D. José presidiu a uma cerimónia oficial na Cova da Iria

A rubrica "Máquina do Tempo" desta semana destaca a primeira vez que D. José Alves Correia da Silva presidiu a uma cerimónia oficial na Cova da Iria.

Foi com prudência que a Igreja Católica reagiu aos relatos das aparições em Fátima. Corria o ano de 1917 e eram muitos os fenómenos de “crendice popular”. Dezenas de aparições em todo o país. Boatos que faziam ninho na falta de esperança do povo. O Mundo a braços a guerra. Portugal com a República, tinha posto a Igreja de lado. Faltava tudo. Até a fé. Naquela época, os padres louvavam cada sinal do céu, mas aquele que veio da Cova da Iria foi o único que vingou. Apesar da cautela, a Igreja acabou por prostrar-se. Fátima impôs-se de tal modo que a Diocese de Leiria acabou restaurada, depois de extinta em 1882. Com efeito, passou a ter bispo titular: D. José Alves Correia da Silva, que se manteve em funções até à sua morte. Um prelado essencial no reconhecimento das aparições. Ele mesmo um crente. Foi D. José quem abriu o processo canónico destinado a validar as aparições. Foi D. José quem crismou Lúcia, única sobrevivente dos três pastorinhos. E foi D. José quem a 26 de junho de 1927 presidiu, pela primeira vez, a uma cerimónia oficial na Cova da Iria.