A libertação de Armando Vara, a vacina da Moderna e o Super-Homem bissexual
Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.
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Descobri que sou colega de profissão de Cavaco Silva: ambos escrevemos artigos para jornais a dizer coisinhas sobre atualidade. Só que eu tento ter graça e às vezes falho; ele tenta falar a sério e só dá vontade de rir.
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Cavaco, o político que mais anos esteve em cargos de decisão desde 1974, acha que o desenvolvimento económico português é choninhas por causa dos governos PS. Todos. Ignorando que o PSD também lá andou. É como estar a ver a “Guerra dos Tronos”, mas optar por só ver a temporada 3 e metade da 7.
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Mas uma coisa é verdade: Portugal anda a ser ultrapassado por países de Leste, em teoria mais pobres e muito mais recentes na UE. É triste quando o nosso sonho passa a ser “caramba, um dia vamos ser tão prósperos como essa potência que é a Letónia”.
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Armando Vara foi na semana libertado, ao abrigo de uma lei desatualizada de combate à pandemia nas prisões. Há que admitir que saiu de lá com um aspeto bastante fit. Será que foi uma dieta à base de robalo grelhado?
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A Moderna não vai revelar a fórmula que utilizou para fazer a vacina contra a covid-19. Noubar Afeyan, cofundador da empresa, diz que é a coisa responsável a fazer. Percebo. Ainda põem miúdos nas aulas de Físico-Química a fazerem vacinas e depois o Noubar pagava o jacuzzi novo do golden retriever como?
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Foram virais as imagens de um assalto a uma ourivesaria no Centro Comercial Colombo a meio da tarde. Um estafeta de serviços de entrega pegou numa marreta, partiu a montra e pôs tudo dentro daquelas mochilas para a comida. Se calhar era só o brinde da semana no Happy Meal.
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Anda para aí uma polémica porque o novo Super-Homem (filho de Clark Kent e Lois Lane) é bissexual. Aparentemente, esta é uma coisa que faz com que o Super Homofóbico, o Mega Esta Juventude Está Perdida e o Ultra Marxismo Cultural revelem as suas identidades secretas.
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Carlos Moedas tomou posse esta segunda-feira como presidente da Câmara de Lisboa e Medina abandona o cargo de vereador para voltar para o antigo emprego. Percebo, é difícil ver a nossa ex com o seu atual amor, sobretudo quando ele a obriga a deitar fora as ciclovias que lhe oferecemos.