Esta semana nas entrevistas que nunca fiz temos um convidado especial, o líder do novo partido MJP – Movimento da Justiça Portuguesa -, o famoso José Castelo Branco. Olá, Zé. Se bem me lembro esta não é a sua primeira incursão em termos de política. Em tempos o senhor prometeu candidatar-se à Camara Municipal de Sintra.
É verdade, isso foi noutros tempos, em que Sintra não é o que é agora, cheia de bichas.
Tubo bem, mas eu lembro-me que na altura o senhor disse – e cito com uma certa comichão – “os meus fãs da zona querem que eu seja o presidente, e eu sei que fico bem num palácio”. É verdade?
Sim, eu achei que ficava bem num palácio e a Betty ficava bem numa cripta. Além disso, a minha Betty podia ser a assombração que falta para o castelo da Pena ter mais visitas. E o mistério da estrada de Sintra podia ser – como é que a velha ainda está viva???
Eu não tenho memória curta e lembro-me que na altura o senhor disse que o seu súbito interesse pela política se devia à necessidade de querer prestar um bom serviço público e que quer ia acabar com a pobreza escondida. Chegou a dizer que “há pessoas que passam fome e ninguém sabe”. Na altura, eu até pensei: coitado do Castelo Branco, que, segundo ouvi dizer, às vezes vai para as orgias sem nada no estômago. São oito horas seguidas de orgias sem uma pausa para comer um panado.
É verdade, sua bicha maluca. Mas se tem tão boa memória deve recordar que na altura eu disse: “Não me quero aliar a nenhum partido político. Quero ser independente até que a voz me doa”.
Verdade, senhor marchand em fluidos, desde que doa, é o que importa. Não é Zé? Atenção, eu não tenho nada contra a sua candidatura. Eu até sou capaz de votar Zé Castelo Branco porque o senhor é o único familiar de António Costa que não tem um tacho.
Deixe de ser má língua. O que agora importa são as minhas promessas para o país.
Que são…
Para começar, prometo acabar com as bichas na Loja do Cidadão. Fazemos uma Boutique do Cidadão só para bichonas. E depois eu vou-me dedicar à terceira idade.
Isso não é novidade. Basta ver que o senhor é casado com a Betty. Se há alguém que se tem dedicado à terceira idade é o senhor, isso temos que reconhecer. Como é que reagiu ao facto de o André Ventura ter ficado indignado porque os seus cartazes têm a palavra “Basta” como slogan?
Já resolvi isso e vou mudar a frase dos cartazes de “Basta” para “Não Pares”. Fique sabendo que tenho várias ideias para o país, mas só as posso revelar depois de os miúdos se irem deitar.