Os inimigos que despedaçam o coração (e o que fazer nesta batalha)

Texto de Sara Dias Oliveira

O coração tem a nobre missão de bombear o sangue venoso para os pulmões para que seja oxigenado e, depois dessa operação, volta a bombeá-lo para todo o corpo para satisfazer as necessidades do organismo. A grande questão é quando o coração não bate como deve ser e os seus piores inimigos estão devidamente identificados. “Sedentarismo, falta de exercício, tabagismo, alimentação não saudável, tensão arterial alta não controlada, colesterol elevado”, elenca à NM Luís Filipe Pereira, presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC).

O órgão que bate dentro do peito merece o maior respeito e é preciso atenção aos fatores de risco. Atenção à alimentação e o exercício físico é aconselhável porque pode melhorar o funcionamento do coração, permitindo que os batimentos cardíacos sejam mais eficientes. Em todo o caso, recomenda-se a orientação médica.

A insuficiência cardíaca é um problema de saúde, uma doença crónica. O cansaço excessivo para tarefas diárias habituais, falta de ar, pieira e tosse, pernas inchadas, são sinais de alarme. No nosso país, a patologia atinge cerca de 400 mil portugueses e grande parte da população desconhece os sintomas.

Pernas inchadas, cansaço excessivo, pieira e tosse, são alguns sinais de alarme.

“Os rastreios são importantes na deteção da hipertensão arterial, da diabetes e colesterol elevado. A divulgação dos fatores de risco para doença cardíaca, assim como a informação sobre os sinais de alerta da insuficiência cardíaca, levam a um diagnóstico precoce com o consequente tratamento correto”. “A correta toma da medicação diminui os internamentos hospitalares por insuficiência cardíaca, com melhoria da qualidade de vida e aumento da sobrevivência”, acrescenta Luís Filipe Pereira.

A AADIC tem uma campanha de sensibilização no terreno, durante todo o ano, sob o mote “Lutar pela saúde do seu coração, vale a pena!”, destinada a doentes, familiares, cuidadores e população, nas farmácias Holon de norte a sul do país.

A campanha pretende ajudar a identificar os sinais de alerta e o que fazer em caso de serem detetados sintomas, além de reforçar a importância de uma alimentação saudável, a prática do exercício físico, descanso e gestão do stresse. Ajudar a gerir a medicação e deixar de fumar são também objetivos da campanha da AADIC.