Simone Veil (1927-2017), uma lutadora no Panteão de Paris

Texto de Filomena Abreu

A partir deste domingo, Simone Veil passa a estar no Panteão francês. Os restos mortais de uma das figuras políticas mais queridas do país são transladados, juntamente com os do marido, Antoine Veil, para a cripta onde se encontram alguns dos nomes mais emblemáticos da história de França.

A judia e sobrevivente do Holocausto, que também foi ícone da luta pelos direitos humanos, magistrada e ministra, faz agora parte da curta lista de mulheres sepultadas no naquele monumento.

Veil junta-se à cientista Marie Curie; às ativistas da resistência francesa Geneviève de Gaulle-Anthonioz (sobrinha do general Charles de Gaulle) e Germaine Tillion; e Sophie Berthelot, a primeira mulher sepultada no Panteão, ao lado do marido, o químico francês Marcelino Berthelot, que havia pedido para que não os separassem quando morressem.

No local estão também, entre outros, o filósofo iluminista Voltaire, o autor de “Les Misérables”, Victor Hugo, o escritor Émile Zola e o romancista Alexandre Dumas.

A cerimónia aconteceu um ano depois da morte de Simone Veil, que pereceu em junho de 2017, aos 89 anos.

Por cá, no Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, encontram-se sepultadas duas mulheres: Amália Rodrigues, transladada em 2001, e Sophia de Mello Breyner Andresen, em 2014.