Em 2024, e apesar da desaceleração da inflação, há subidas em muitos bens e serviços que compõem os orçamentos das famílias. Em contrapartida, o salário mínimo cresce 60 euros e o IRS baixa.
Transportes e portagens
Subir, subir, subir. Nos transportes, a CP é exemplo paradigmático: tem uma nova tabela de preços, uma subida média de mais de 6% nos bilhetes, embora o valor dos passes não sofra alterações. Já nas portagens, embora 2024 traga reduções de preços até 30% para veículos ligeiros em vários lanços de antigas SCUT no interior e no Algarve, no geral o preço encarece mais de 2%. Por exemplo, no caso da Brisa, as portagens na A1 entre Lisboa e Porto aumentam 45 cêntimos, para 23,90 euros.
Telecomunicações, eletricidade e pão
Nas telecomunicações, a fatura também engorda. Meo, Nos, Vodafone, todos vão aumentar os preços (estima-se até 4,6%) em linha com a inflação anual de 2023, que só será conhecida dia 19. Depois, claro, a luz. No mercado regulado, as tarifas de eletricidade sofrem um aumento médio de 3,7% neste mês face a dezembro. Além do pão e do cabaz de 46 produtos alimentares que beneficiaram até agora de IVA zero e que veem o preço subir. Álcool e tabaco também aumentam, devido à subida de impostos nestes produtos.
“Em 2024, o rendimento das famílias vai continuar a melhorar”
António Costa
Primeiro-ministro demissionário
Ordenado mínimo, pensões e IRS
Eis o lado bom de 2024. O salário mínimo nacional sobe de 760 para 820 euros, o maior aumento anual alguma vez ocorrido. Ainda nos ordenados, a Função Pública vai ter aumentos entre 3% a 6,84%. E para o setor privado há um acordo que prevê um referencial de 5% de aumentos salariais. Ao mesmo tempo, os contribuintes vão pagar menos IRS. Já as reformas sobem entre 5% e 6%.
6,94%
É o aumento que os senhorios podem fazer nas rendas em 2024, a subida mais alta desde 1994.
