O Bloco de Esquerda segundo Mariana Mortágua

Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda

Aos 36 anos, e quase dez depois de se ter notabilizado pelo trabalho que fez na comissão parlamentar de inquérito no âmbito do caso BES, a filha de Camilo Mortágua, resistente antifascista, chega a coordenadora do Bloco de Esquerda. Quer ficar à frente do Chega e da Iniciativa Liberal já nas próximas eleições europeias.

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O número de votos favoráveis à moção apresentada por Mariana Mortágua na XIII Convenção do Bloco de Esquerda. A moção E, de Pedro Soares, recebeu 78 votos. Houve 11 abstenções.

Terceira força política
Mortágua assumiu taxativamente a intenção de recolocar o Bloco de Esquerda no pódio dos partidos mais votados em Portugal, a começar pelas eleições europeias do próximo ano, em que aponta a superar o Chega e a Iniciativa Liberal. A nova coordenadora quer ainda que o partido volte a ter representação no Parlamento da Madeira.

“Portugal não será o país onde espancam imigrantes nas fronteiras e se multiplicam Odemiras”
Mariana Mortágua
Coordenadora do Bloco de Esquerda

“Vida boa” criticada
O mote que inspirou a sua apresentação às eleições internas motivou críticas por parte da moção E (a outra moção que foi a votos), por ser entendida como “vaga e desligada do socialismo”. Mariana concretizou: “Uma vida que não seja consumida num esforço inglório pelo mínimo dos mínimos: uma casa, salário decente, ter cuidados”.

Mira ao Governo e à Direita
No discurso de vitória, a dirigente bloquista não poupou nem o Governo, que acusou de descredibilizar a República, com “embaraço atrás de embaraço”, nem a Direita, por querer “cavalgar a política do ódio”.