Estão por todo o lado. Circulam em cima dos passeios, contra a mão e algumas são filmadas a alta velocidade. As trotinetas vieram para ficar e já fazem parte da nossa paisagem.
Quando falamos em mobilidade suave, é incontornável abordar o tema das trotinetas elétricas, usadas por muitos como meio de transporte para fazer a denominada “last mile”, seja entre o local onde se estacionou o carro, ou onde se saiu do transporte público, até ao trabalho, ou nas deslocações mais longas entre casa e o emprego.
No primeiro caso, convém que seja pequena ou dobrável, para levar na bagageira do carro, no metro ou no autocarro e com autonomia adequada à distância a percorrer. Mas com uma potência adequada ao relevo do terreno (o grau de inclinação de uma subida exige mais do motor) e, igualmente, ao nosso peso. Sob pena de os quilómetros prometidos de autonomia se esfumarem rapidamente.
O peso do utilizador e também o piso onde vamos circular devem ser tidos em conta no que à suspensão diz respeito, pois são sinónimo de viagens mais confortáveis, com menos vibrações e melhor controlo do veículo.
A potência nos trajetos mais longos só tem relevância nas acelerações, pois a velocidade máxima das trotinetas, classificadas como velocípedes pelo Código da Estrada, está limitada legalmente aos 25 km/hora.
Estas têm pneus maiores (para segurança e conforto), travões de disco, algumas já dispõem de entradas USB ou type-C para carregar o telemóvel e outras de sistemas de regeneração que permitem recuperar alguma energia durante a travagem.
Não devemos facilitar no equipamento, apostando num bom capacete, joelheiras e luvas, que podem ser de mota, para melhor proteção.
Sendo equiparada, em termos legais, a uma bicicleta, os utilizadores das trotinetas são obrigados a circular pela rua, a seguir o mesmo sentido do trânsito e a respeitar a sinalização rodoviária. Regras que muito poucos cumprem…
No que toca a preços, há para quase todas as bolsas. Até se encontram valores que vão muito acima dos seis mil euros.
