Telemóveis para crianças: básicos, pequenos e muito resistentes

É imprescindível definir as condições de utilização

Por volta dos dez anos, a maioria das crianças recebe o primeiro telemóvel. “Sou o único do meu grupo de amigos que não tem”, ouvem muitos pais. E agora?

Mais tarde ou mais cedo, os pais acabam por ceder ao pedido e oferecem um telemóvel aos filhos. Ou porque não querem que se sintam excluídos do grupo de amigos ou porque veem vantagens no uso: entrar em contacto, tirar proveito de ferramentas para estudar ou explorar jogos educativos.

Não existe uma idade certa para adquirir o primeiro telemóvel, mas convém avaliar o nível de responsabilidade da criança e a sua noção sobre os perigos. Alguns especialistas sugerem que aos dez anos as crianças já entendem noções de segurança, responsabilidade e autonomia. No entanto, Lia Moreira considera ser demasiado cedo. A pedopsiquiatra revela preocupação em relação à idade em que os mais novos adquirem estes aparelhos e afirma que no 5.º ano as crianças ainda são imaturas do ponto de vista emocional. “Só a partir do 7.º ano, mas com algumas regras estabelecidas, acesso supervisionado e de forma gradual”, defende.

É imprescindível definir as condições de utilização, como quanto se pode gastar, o tipo de tarifário (existem alguns próprios para crianças) e os locais onde se pode utilizar. Para a pedopsiquiatra, os telemóveis não deveriam entrar em sala de aula, já que acredita ser um fator distrator e não tanto didático.

E que tipo de telemóvel deve ser? Numa primeira fase, básico e com menos ferramentas. Não precisa de ser muito avançado, até porque a criança não tirará proveito. Um equipamento em segunda mão também poderá ser uma boa opção. Depois, resistente a tudo: quedas, riscos e água. A bateria deve ser duradoura e deve também ter em conta o tamanho do dispositivo, sendo que um mais pequeno poderá adaptar-se melhor às mãos dos miúdos. E não esquecer: apostar numa capa resistente, além de proteção de ecrã.

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