911 turbo: rigor alemão para emoção latina

A história da Porsche confunde-se (embora não se esgote) com o 911 e a variante Turbo brilha no imaginário de todos os amantes de desportivos. Percebemos agora porquê.

A silhueta baixa e musculada do 911 Turbo ganhava inesperados contornos na unidade ensaiada (preto metalizado) que, mesmo parada, destilava agressividade graças a uma altura de 1,30 metros e jantes de 20 e 21 polegadas, à frente e atrás, respetivamente. Mantendo-nos nos números, o 911 pesa 1640 quilogramas, mas parece uma pena quando pisamos com decisão o acelerador e os 530 cavalos (um binário de 750 Nm…) nos esmagam contra o banco.

O 991 ensaiado dispunha do pack Sport Crono, permitindo fazer 2,8 segundos dos 0 aos 100 km/h, atingidos em dois batimentos cardíacos. Impressionante este carro, que parece ter uma reserva inesgotável de cavalos e de aderência. Mas não é um carro difícil e, mesmo quando nos atrevemos a abusar dele, mantém uma serenidade e compostura que inspiram confiança, ainda que rodemos nos modos Sport e Sport Plus.

Apesar de radical, o 911 Turbo consegue ser confortável como uma berlina familiar, bem equipado desde versão base, mais na unidade que conduzimos, que contava com 21 695 euros de opcionais, elevando a fatura para os 272 242,80 euros.

Equipamento
Muito equipamento neste 911, seja de segurança, de conforto ou mesmo acústico, com o sistema de escape desportivo.

Dados técnicos
O motor tem seis cilindros opostos, 3,8 l de cilindrada e 580 cavalos de potência. Com o pack Sport Crono, a velocidade máxima é de 320 km/h.

Não gostámos
É difícil aceder a alguns menus do monitor tátil e o volante tapa os mostradores laterais.