A rubrica "Máquina do Tempo" desta semana destaca a fundação da UNICEF.
Um ano depois do fim da II Guerra Mundial, a 11 de dezembro de 1946, a Assembleia Geral das Nações Unidas, confrontada com a realidade de milhões de crianças deixadas em situação de profunda necessidade e sofrimento na Europa, criou o Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF – com o objetivo de responder à situação de emergência em que se encontravam. O foco era bastante claro. Prestar ajuda sem discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra. A única condição colocada por Maurice Pate, o primeiro diretor-executivo da organização, foi que se incluíssem “todas as crianças” dos países aliados e “ex-inimigos”.
Passaram precisamente 76 anos desde esse dia e a importância da UNICEF no Mundo está à vista de todos. Presente em 193 países e territórios, continua a depender inteiramente de contribuições voluntárias de governos, fundações, empresas e doadores individuais. É a principal agência humanitária a trabalhar especificamente para a promoção e defesa dos direitos das crianças, presente em regiões devastadas pelos conflitos e nas comunidades mais remotas, lutando para que todas as crianças tenham o direito à sobrevivência, educação, cuidados de saúde, nutrição adequada, acesso a água e proteção.
A 20 de novembro de 1989, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Convenção sobre os Direitos da Criança, ratificada em 21 de setembro de 1990 pelo Estado português. Ou não fossem as crianças, sempre, a esperança de um futuro melhor.
A UNICEF começou por ser um fundo de emergência temporário da Organização das Nações Unidas, fazendo alusão, por isso, no nome e no logótipo, à ONU.
Porém, em outubro de 1953, a Assembleia Geral da ONU prolongou o mandato da UNICEF indefinidamente. Ao tornar-se uma entidade com agenda própria, desenvolveu a sua identidade visual: uma criança a beber um copo de leite, uma vez que a principal atividade na altura era dar leite às crianças.
