Susana Romana

“Squid Game”, o AUTOvoucher e a vacinação do Poupas

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

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E temos uma data no horizonte: 30 de janeiro vamos a eleições. Marcelo fez questão de safar o Natal e o réveillon para não termos de levar com campanha. Era a grande prioridade do presidente, não misturar azevias com aziados.

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Costa deu uma entrevista à RTP na qual disse que, perante uma porta, era mais um tipo de maçanetas do que de fechaduras. Mas depois deu tanto na cabeça dos outros partidos que mais pareceu um tipo de cadeados, arame farpado e um fosso de crocodilos.

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O ainda primeiro-ministro também disse que, se perder as eleições, deixa a liderança do PS. Isto pode ser a oportunidade de Pedro Nuno Santos, de Ana Catarina Mendes…, mas também pode ser do Nuno Melo. Se calhar mais depressa o deixam candidatar à liderança socialista do que no partido dele.

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O grande sucesso da Netflix “Squid Game”, uma série marcada pela violência e a carnificina competitivas, vai ter segunda temporada. Sei de fonte segura que vai ser gravada na sede do CDS.

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Já está a uso o AUTOvoucher, sistema no qual os portugueses podem recuperar parte do dinheiro que gastam em combustível. Com tantas cimeiras do clima a acontecer, também era de pensar num PlanetaVoucher, para recuperarmos parte da Terra depois de a escangalharmos toda por causa do petróleo.

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Portugal vai ter mil câmaras na rua para vigiar o crime. Não sei se vamos ficar com menos delinquentes, mas provavelmente vamos ficar com mais influencers. “Mano, faz aí duckface enquanto roubas esta loja de conveniência. As calças são da Zara e a naifa da Polux, façam swipe up.”

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O Partido Republicano dos EUA tem um novo inimigo: o Poupas da Rua Sésamo. Tudo porque o Twitter da personagem publicou um post a dizer que se tinha vacinado, o que foi encarado como propaganda da esquerdalha. Faz sentido: pessoas que acham que a covid é imaginária também se dão ao trabalho de discutir com pássaros imaginários.

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Entretanto, Bolsonaro condecorou-se a si mesmo com uma medalha de mérito científico. E eu condecorei-me a mim mesma com o Nobel da Literatura por esta crónica. Espero que estejam cientes do vosso privilégio por terem lido isto.