Astra Zeneca, a eutanásia e Nuno Graciano no Chega

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Sábado foi o primeiro dia de primavera, que começou às 9.37 horas. Ainda bem que a sua chegada não está dependente de uma task force do Governo, ou só podíamos contar com ela para 30 de novembro de 2023 às 23.41 horas. Sujeito a novos adiamentos, claro.

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O grande tema da semana passada foi a suspensão da vacina da AstraZeneca em vários países, incluindo Portugal. Em causa está o relato de alguns efeitos secundários, como coágulos sanguíneos, apesar de cientistas dizerem que o número de episódios relatados não parece maior do que na população em geral. Ainda bem que estão a dar primazia à precaução. Agora experimentem ler os efeitos secundários da pílula que a vossa namorada toma.

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Com a suspensão da administração da vacina da AstraZeneca, o plano de vacinação vai atrasar “cerca de duas semanas”, adiantou Henrique Gouveia e Melo. Serão iguais àqueles 15 dias de confinamento que nos pediram em março de 2020 e que já vão em 374 dias? O tempo é mesmo um conceito metafísico, não é?

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António Costa foi uma das pessoas que levou a dose da AstraZeneca, mas diz-se tranquilo. Mas há quem lhe note efeitos secundários: o Bloco de Esquerda tem achado que ele tem padecido imenso de direitismo agudo, por exemplo.

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Com isto, a vacinação de docentes e outros funcionários nas escolas, prevista para o passado fim de semana, foi interrompida temporariamente. Isto é tipo aquelas escolas em contentores das obras que ficam temporárias durante 20 anos. Não há vacina disponível, dá-se uma tangerina e um Aspegic que passou do prazo em 2002.

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E por falar em coágulos indesejados: Nuno Graciano é candidato do Chega por Lisboa. Há quem ache que o ex-apresentador da CMTV não dá um bom candidato, mas eu discordo. Um homem que se especializou a fazer queijos da serra percebe imenso de coisas deixadas a fermentar para depois distribuir pela opinião pública.

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Na sua estreia em TV, Graciano apresentava um programa da TVI chamado “Doutores e Engenheiros”, no qual estava sempre a gritar “Miséria!”. Giro, porque assim, no fundo, já tem o seu programa eleitoral escrito.

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O Tribunal Constitucional considerou inconstitucional a lei da eutanásia, aprovada em janeiro no Parlamento. O TC achou excessivamente indeterminado o conceito de “lesão definitiva de gravidade extrema”. Acabaram por matar a lei antes do tempo por acharem que ela não estava no pleno das suas capacidades, o que é, no mínimo, irónico.