Preocupações mais comuns e conselhos

Com o número de casos de coronavírus a aumentar exponencialmente, cresce também a preocupação, em particular de quem tem viagens agendadas para os próximos tempos. Sandra Xará, coordenadora do centro de vacinação internacional do Centro Hospitalar do Porto que, entre outras coisas, assegura a consulta do viajante, tem sentido isso mesmo. “As pessoas estão um bocadinho alarmadas. Questionam muito se há restrições, se não há, se devem prosseguir com as viagens. Então entre quem vai para a Tailândia ou para o Japão há muita gente a perguntar se deve bloquear a viagem.”

Aos clínicos tem cabido a missão de desconstruir o alarmismo. “Tentamos desmistificar. Até porque não há, neste momento, uma diferença assim tão significativa entre viajar para a Tailândia, por exemplo, ou para um país da Europa. O que estamos a desaconselhar são as viagens não essenciais para a China”, refere a profissional.

De resto, os conselhos que Sandra Xará deixa são relativamente simples. Evitar grandes aglomerados (“em particular os mercados de rua”) é um princípio. Mas seguir as regras básicas de etiqueta respiratória também: cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel – ou com o antebraço – de cada vez que se tosse ou espirra, usar máscara no caso de ter tosse com expetoração, passar um toalhete com álcool em superfícies para onde se tussa ou espirre ou lavar bem as mãos após espirrar ou tossir. Portanto, se vai viajar, por via das dúvidas, leve máscaras e gel antissético na mala.