O verão pelas pontas do cabelo

Azul, roxo, lilás. Rosa, cinza, pastel. Vermelho ou laranja. Turquesa ou verde. A paleta é infinita, tal como a ousadia. E há motivo para que hoje as pessoas se aventurem a usar mais cores e cores mais intensas no cabelo. “Está relacionado com a liberdade que cada vez mais se faz sentir na nossa sociedade. As pessoas são mais corajosas e seguem a sua própria vontade.”

Quem é o diz é Karina Corr, proprietária do Hair by Püro, no Porto. A cabeleireira fala com propriedade, já que o seu espaço é um templo arco-íris de alguns desses bravos espíritos que buscam a transformação. “Normalmente sou eu quem sugiro uma mudança de visual mais arrojada. No entanto, há clientes que me procuram com uma ideia já definida.” Homens e mulheres. A faixa etária mais relevante situa-se “entre os 20 e os 35 anos”.

Hoje existem vários tipos de coloração. A mais clássica é a oxidativa permanente, “com poder de cobertura de cabelos brancos a 100%”. A coloração semi-permanente ou tom-sobre-tom, que “permite a alteração de reflexo da cor que desvanece com as lavagens”. A opção sem amoníaco, a “mais indicada para pessoas com alergias e pele sensível”. A temporária ou máscara de cor, sem aclaramento, “que não altera o tom natural mas torna possível depositar pigmento de tons intensos e primários, suavizando e dando brilho ao cabelo”. E, por fim, a coloração vegetal, 100% natural, “que intensifica a cor natural do cabelo”.

Atualmente, refere Karina, as tintas já não enfraquecem o cabelo. Até têm “compostos que promovem o seu bem-estar”. Porém, aconselha sempre o uso de um bom champô e amaciador. Já a cor que domina a tendência é uma incógnita. “São todas bonitas. O importante é existir liberdade criativa.”