10 sintomas de cancro do pâncreas que passam muitas vezes despercebidos

Parecem insignificantes, de facto. E até podem nem significar nada de grave, não vale a pena ficar já uma pilha de nervos a imaginar que tem um cancro no pâncreas. Ainda assim, mais de dois sintomas persistentes que não sejam habituais em si justificam uma ida ao médico o quanto antes.

DORES ABDOMINAIS

Por norma, começam com um pequeno desconforto que se vai estendo às costas, piorando quando a pessoa se deita e após as refeições. A tendência é ir aparecendo e desaparecendo no início, de forma intermitente, acabando por se tornar constante com o passar do tempo.

DORES NAS COSTAS

São uma queixa recorrente, já que sete em cada dez pessoas vão pela primeira vez ao médico por esta razão. A dor na coluna dorsal acontece especialmente quando o tumor se localiza no corpo ou na cauda do pâncreas, a exercer pressão sobre os nervos.

PERDA DE PESO

Sobretudo se ela acontecer de repente e sem razão aparente, associada a uma perda de apetite igualmente repentina e inexplicável. Pode ocorrer sem dor considerável, porém afeta sempre o modo como as proteínas são utilizadas pelo organismo e queima mais calorias do que é comum.

ALTERAÇÕES INTESTINAIS

Podem dever-se à obstrução do ducto biliar e resultar em fezes gordurosas, de cor clara e cheiro mais fétido do que o habitual. Entre as alterações conta-se também a diarreia persistente durante mais de dois dias, pelo que a partir de seis dejeções moles diárias deve marcar uma consulta sem demora.

DIABETES RECENTE

Uma vez que este cancro destrói as células pancreáticas que produzem a insulina, o aparecimento de diabetes é um forte sinal de alerta a considerar. Os sintomas passam por fadiga, visão turva, feridas que demoram a cicatrizar e sensação de muita sede ou fome (inclusive quando está a beber e a comer).

ICTERÍCIA SEM DOR

Entre os sinais mais frequentes contam-se a pele e o branco dos olhos amarelados, além de urina escura acompanhada de prurido. Claro que existem inúmeras causas possíveis para explicar o aparecimento de icterícia, incluindo pedra na vesícula. Mas na dúvida o melhor é não facilitar.

DIFICULDADE EM ENGOLIR

Pode surgir, ou não, acompanhada da sensação de se estar doente, e de novo fazemos o reparo de que existem dezenas de razões capazes de explicar ambas. Seja como for, por não ser incomum em caso de cancro no pâncreas, merece atenção se persistir: apesar de a doença ser quase sempre fatal se não for identificada a tempo, um em cada três adultos ainda desconhece – ou ignora – os seus sintomas.

DEPRESSÃO

Que ela possa surgir na sequência da notícia de que se tem um cancro não é de estranhar. Porém, no caso do cancro do pâncreas, a depressão pode ser também um sintoma anterior ao diagnóstico da doença, pelo que convém ficar atento a todas as manifestações que forem surgindo.

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

Por vezes, o primeiro sinal de um cancro no pâncreas é o desenvolvimento de um coágulo sanguíneo numa veia profunda, tais como as das pernas, braços ou pélvis (trombose venosa profunda). Nalgumas circunstâncias, um coágulo pode também ir para os pulmões e dificultar a respiração (embolia pulmonar). Neste ponto importa sublinhar que um coágulo de sangue, regra geral, não significa ter cancro, mas mais vale prevenir.

NÁUSEAS E ENJOOS

Mais uma vez, sentir-se nauseado não é razão para alarme se ocorrer pontualmente e sem outros sintomas associados. Caso contrário, convém saber que tumores no pâncreas podem bloquear o ducto biliar ou pressionar o duodeno – o que dificulta a digestão – e causar ainda inflamação no pâncreas e em torno deste órgão.