O regresso do sarampo

O sarampo é uma doença contagiosa de origem viral que, no limite, pode ser fatal

Casos estão a aumentar e especialistas avisam que a tendência é para manter. Baixa cobertura vacinal é problema mundial. DGS garante que não há razões para alarme.

79%
É a percentagem do aumento do número de casos de sarampo no mundo em 2023, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. No ano anterior as mortes por sarampo tinham aumentado mais de 50%. A OMS já advertiu que, até ao final de 2024, mais de metade dos países correm risco elevado de surtos.

As explicações
O ressurgimento do sarampo tem sido atribuído, sobretudo, à baixa cobertura vacinal verificada em função da pandemia de covid-19. Mas o crescimento dos movimentos antivacinas também pode ajudar a explicar o fenómeno. Segundo a OMS, a prevenção da doença implica que 95% das crianças recebam duas doses da vacina. Atualmente, a cobertura vacinal mundial é de 83%. Em Portugal, anda nos 95%.

“Não prevemos um surto de grandes dimensões”
Rita Sá Machado
Diretora-geral da Saúde

Vacinas: quando e para quem?
No nosso país, a vacinação deve ser feita aos 12 meses e aos cinco anos de idade (duas doses). No entanto, a vacina não está recomendada para quem nasceu antes de 1970, dado que a generalidade desta população teve um grande contacto com o vírus.

O caso português
Em Portugal, o sarampo, doença contagiosa de origem viral que, no limite, pode ser fatal, chegou a ser dado como erradicado, em 2016. No entanto, nas últimas semanas, há já registo de uma dezena de casos, na sua maioria importados.