Hoje temos connosco o presidente da República Popular da China, acho que ainda se chama assim, Xi Jinping. Senhor presidente, como tem visto a situação em Hong Kong, presumo que veja melhor que aquela moça que levou com uma bala de borracha num olho.
Se começa com esse tipo de piadinhas mando cortar a eletricidade em sua casa.
Por caso, nunca esperei que o nosso Governo vendesse a EDP à China. Fiquei um bocado assustado, pensei que, se não pagássemos a fatura de eletricidade, nos cortavam a corrente e uma mão. E que, além da taxa da RTP, ainda íamos ter que pagar choques elétricos gastos em torturas ao prémio Nobel Liu Xiaobo.
Isso são tudo invenções, nós não torturamos ninguém. Às vezes, damos uns choques nos pés e espetamos umas agulhas, mas é tudo terapia.
Uma coisa curiosa nas manifestações em Hong Kong é o uso de guarda-chuvas. Para mim não dava, porque já sei que ia à manifestação e perdia o guarda-chuva. Já perdi mais guarda-chuvas que horas à espera de uma senha para fazer o cartão do cidadão. Ia à manifestação mas de certeza que me esquecia lá dele. E aposto que aqueles guarda-chuvas não são feitos na China, que aquilo tem uma resistência incrível e, normalmente, os vossos produtos duram menos que os brinquedos da McDonald’s.
Está a testar a paciência do chinês? Olha que a nossa paciência não é assim tão grande como as pessoas pensam.
Imagino que ensinem isso nos centros de “reeducação” para Uigures. Centros de reeducação não é uma forma fofa de dizer campos de concentração?
Mais uma aldrabice, os residentes dos centros aprendem mandarim para aceitarem a ciência moderna e melhorarem a compreensão da história e da cultura chinesas. Os alunos frequentam cursos, entre outros, de confeção de roupa e calçado, montagem de aparelhos eletrónicos, etc.
Pensava que na China só as crianças é que faziam esse tipo de trabalhos. Segundo sei, os sites pornográficos de Hong Kong bloquearam propositadamente os conteúdos para apoiar os protestos pró-democracia.
Não sei, eu não vejo essas coisas.
Eu acho que assim é que se mata uma revolução. Está uma pessoa sossegada, em Hong Kong, no computador a ver duas gémeas a esfregarem-se uma na outra até fazer chama e, de repente, vindo do nada aparece-lhe um oriental de guarda-chuva a gritar palavras de ordem. Uma pessoa fica com a pilinha do tamanho da de um chinês.