Por Sara Dias Oliveira
Vejo bem… 1. Virtudes e defeitos… E se forem virtudes os meus defeitos? Há defeitos que podem ser virtudes. Há virtudes que podem ser defeitos. O que, num momento, pode ser uma virtude, noutro pode ter o potencial oposto. 2. Curiosa, no bom sentido. Com gosto pelo conhecimento, conhecer e fazer coisas novas. E, por isso, estou a aventurar-me na música, uma outra voz em Rio Invisível, disponível nas plataformas digitais. 3. Gosto de me ampliar enquanto ser humano, sinto-o como apelo e urgência. 4. Tenho uma grande crença na vida, no seu potencial mais construtivo, mais positivo. Acredito nas pessoas. 5. Persisto naquilo em que acredito, mas, por vezes, essa resiliência também tem o seu oposto numa perda temporária da fé na humanidade e querer mudar de planeta. 6. Vaidosa e, simultaneamente, desinteressada. Posso sair à rua de fato de treino durante uma semana. Gosto de quebrar cânones e clichés. 7. Tenho imenso sentido de humor. Gosto de rir e de fazer rir. 8. Faço o que gosto e gosto do que faço. Trabalho com empenho, paixão e alegria. No entanto, um ator tem de habitar a tristeza, a dor e outras emoções devastadoras. Acreditar que se volta de lá.
Vejo mal… 1. Não tenho paciência para a estupidez humana e para a falta de coração. 2. Impaciência em fazer as coisas, o que não é muito bom, mas que, por vezes, provoca o andamento. A paciência não é uma característica de nascença, mas que tenho vindo a cultivar. 3. Por vezes, vou de um extremo ao outro, do 8 ao 80. Alguma vulnerabilidade emocional, característica dos atores e dos artistas em geral. Nada a fazer e quem estiver por perto tem de saber lidar com isso. 4. Chateia-me que, nesta altura do campeonato, no século XXI, não se respeitem as diferenças. Que existam tantos desníveis entre homens e mulheres. 5. Não sou boa a cozinhar, mas gosto de comer. Mas, na verdade, o que eu gostava mesmo era de não ter de comer nenhum ser vivo, animal ou vegetal, alimentar-me de luz.
Atriz e cantora
43 anos
