Texto de Alexandra Pedro | Fotografia ShutterStock
Os príncipes William e Kate Middleton tiveram esta segunda-feira o terceiro filho. Se fosse em Portugal o agregado dos Duques de Cambridge seria considerada uma família numerosa.
Os dados do Eurostat de 2016 mostram que Portugal está entre os países com menos agregados com três ou mais filhos – apenas seis por cento.
Na União Europeia quase metade (47 por cento – cerca de 31 milhões de agregados familiares) tem apenas um filho. Cerca de 26 milhões de agregados familiares (40 por cento) têm dois filhos e apenas 13 por cento (8,5 milhões) tem três ou mais crianças a seu cargo.
O Reino Unido, onde a família real dá o exemplo com três filhos, é um dos países europeus com taxas mais altas de famílias numerosas (17 por cento). À sua frente está ainda a Irlanda (27 por cento), Finlândia (20 por cento) e Bélgica (19 por cento). França e Países Baixos apresentam a mesma percentagem do Reino Unido.
A acompanhar Portugal nas taxas mais baixas em relação a agregados com três ou mais filhos está a Espanha e Itália (ambos com oito por cento) e a Bulgária (cinco por cento).
O site da Pordata mostra que desde 1983 que a dimensão média dos agregados domésticos tem vindo a diminuir, passando de uma média de 3,3 para 2,5 em 2017.
Diminuição relacionada, entre outros fatores, com o retardar da maternidade. Em 1990 a idade média da mãe no nascimento do primeiro filho centrava-se nos 24,7, enquanto em 2016 estava nos 30,3.
Houve também um aumento em relação aos casais que optam ou não conseguem ter filhos. Em 2005, verificavam-se 21,6 por cento de pares nesta situação, sendo que em 2016 o número agravou-se para os 23,4.
O rendimento médio mensal de uma família portuguesa é de 1200 euros.
Outra condicionante poderá estar ligada aos rendimentos disponíveis para suportar as despesas que envolve o crescimento de uma criança.
Um estudo da DECO, publicado em fevereiro último e referentes a 2017, indicava que o rendimento médio mensal de uma família é de 1200 euros, sendo que têm encargos no valor de 850 por mês.
Em média, de acordo com o mesmo estudo, cada família tem a seu encargo cinco créditos, número igual ao de 2016, mas menor do que em 2008 e 2009 – nestes anos a média era de sete créditos.
