O que o frio faz à pele (e como protegê-la)

Texto NM | Fotografia Shutterstock

A pele é um órgão do corpo humano bastante importante e que dá o peito às balas. Em qualquer ocasião. Com tanto frio, que parece que veio para ficar, é necessário protegê-la. Uma das coisas mais importantes, mesmo com esta vaga de frio, até porque tem estado sol, é que nunca se esqueça do protetor solar, sobretudo se vai para a neve. Os descuidos, por vezes, pagam-se caro.

A temperatura baixa e a pele seca, o que traz problemas acrescidos com eventuais eczemas que podem aparecer sobretudo na população mais vulnerável – crianças e idosos. E com os eczemas podem surgir comichões. Por isso, proteger as partes do corpo que andam mais à mostra como a cara, as orelhas, as mãos, é um conselho a seguir.

César Martins, dermatologista, aconselha hidratantes e protetor solar com fartura e com aplicações sempre que se justifique. “Aplicar bem, em quantidades generosas, nas zonas expostas, e aplicar as vezes necessárias.” Pele transpirada exige mais aplicações, com certeza. Não basta aplicar um protetor de índice 100 e está tudo bem. É necessário verificar se o corpo precisa ou não de proteção.

Nas zonas mais altas, os raios ultravioletas são mais potentes. Por isso, protetor solar com índice elevado.

Na neve, os raios infravermelhos não cumprem bem o seu papel e os escaldões acontecem. Por isso, o protetor solar deve mesmo cobrir a pele. Segundo o especialista, os protetores que deixam a pele branca são “hiper-eficientes”, uma vez que têm uma espécie de filtro que não deixa passar nada.

O pior que pode acontecer quando a pele está sujeita a escaldões seja no tempo quente, seja no tempo frio, seja numa vaga de frio, é o melanoma, o cancro de pele mais grave. Pode matar e, apesar das campanhas, tem vindo a aumentar, embora seja detetado em idades cada vez mais precoces – a idade média destes doentes ronda os 40 anos.

A cirurgia é uma das soluções para o melanoma, quando não é muito grave, nos casos mais complicados, e quando há metástases, a imuno-oncologia é uma resposta.

“O tumor de pele mais grave é o melanoma e não tem a ver com a exposição solar acumulada, tem a ver com os escaldões”, diz César Martins. Pele vermelha, de escaldão, e alterações nos sinais, são sinais de alerta.

A cirurgia é uma das soluções para o melanoma, quando não é muito grave, nos casos mais complicados, e quando há metástases, a imuno-oncologia é uma resposta. “O tumor para sobreviver bloqueia as células do sistema imunitário e não consegue eliminar as células tumorais.” Esse tratamento desbloqueia essa ligação, permitindo um combate mais eficaz.