As tatuagens podem ser um vício?

Texto de Alexandra Pedro | Fotografia Facebook

O ex-jogador de futebol David Beckham tem uma nova tatuagem. Desta vez, optou por desenhar um sistema solar na parte lateral da cabeça (ver fotografia em baixo). Estima-se que o ex-internacional inglês tenha já mais de 40 tatuagens no corpo todo.

Muitas das tatuagens que partilha nas suas redes sociais são dedicadas aos filhos, Brooklyn, Romeo e Cruz, ao seu pai e também relacionadas com o seu casamento com Victoria.

As tatuagens do futebolista tornaram-se de tal forma marcantes que Beckham participou numa ação de sensibilização, através de uma campanha da UNICEF, alertando para a violência infantil.

https://www.instagram.com/p/BbQGMaxhxhv/?taken-by=davidbeckham

De acordo com o The Guardian, a «loucura» das tatuagens do antigo jogador do Manchester United começaram em 1999, quando nasceu o seu primeiro filho. Desde então, não mais parou.

O professor de psicologia Viren Swami explica ao jornal britânico que não considera que exista vício em tatuagens, apesar de achar o termo «vício» bastante vago. Para Swami, o que pode acontecer é as pessoas ficarem viciadas na dor, no prazer de os outros comentarem as suas tatuagens ou na obra de arte que fica inscrita no seu corpo.

«Antes dos anos 1980, conseguíamos traçar um perfil de um verdadeiro fã de tatuagens. Alguns estudos sugeriam que seriam mais agressivos, fumadores, tinham taxas mais altas de uso de drogas e seriam amantes de perigo.»

Segundo o The Guardian, nos Estados Unidos cerca de 40 por cento das pessoas tem pelo menos uma tatuagem. «Antes dos anos 1980, conseguíamos traçar um perfil de um verdadeiro fã de tatuagens. Alguns estudos sugeriam que seriam mais agressivos, fumadores, tinham taxas mais altas de uso de drogas e seriam amantes de perigo. No entanto, agora, olhamos simplesmente para uma pessoa comum».

Para Swami, apesar de não existir qualquer adição, há uma explicação para os amantes de tatuagens voltarem aos estúdios. «Quando alguém faz a primeira tatuagem, a sua imagem corporal melhora e eles sentem-se mais únicos», frisou.