Texto de Ana Patrícia Cardoso | Fotografia Shutterstock
É difícil encontrar um adolescente que não tenha um smartphone. Se antigamente havia um telefone fixo na casa e tínhamos horas marcadas para falar com amigos, hoje os mais mais novos não vivem sem os seus telefones, passam horas a mandar mensagens e são viciados em tirar fotografias, jogar e, o mais preocupante, a praticar sexting.
Segundo um estudo publicado no jornal digital Jawa Pediatrics, esta tendência tem aumentado. Ainda que os adolescentes não admitam facilmente que o façam, 15% dos jovens inquiridos (mais de dez mil) admitiram que enviam mensagens de teor sexual e 27% que já as recebeu.
Segundo o estudo, um em cada oito adolescentes já reenviou mensagens que recebeu com conteúdos sexuais sem o conhecimento do emissor.
Sheri Madigan, autor do estudo e professor de psicologia da Universidade do Canadá, afirma que «Este é um tópico que tem vindo a preocupar cada vez mais os pais, que ainda têm a dupla tarefa de se manter a par de todas as mudanças no mundo tecnológico e manter uma conversação equilibrada com os filhos adolescentes sobre os perigos do sexting».
Um dos principais problemas apontados no estudo é a «falta de consciencialização dos adolescentes para os perigos que atravessamos com a troca de dados na internet. Não percebem que as imagens ficam guardadas. A grande parte nem percebe que pode ter consequências graves».
Um dos exemplos mais comuns dessa exposição é o reenvio para outras pessoas de mensagens ou imagens íntimas. Segundo o estudo, um em cada oito adolescentes já reenviou mensagens que recebeu com conteúdos sexuais sem o conhecimento do emissor.
Para Sheri Madigan, os pais «têm de conversar mais cedo e regularmente sobre o assunto e focar de forma firme as consequências desta atitude». E, acima de tudo, estar atento aos comportamentos dos filhos.