O meu objeto: os cadernos de Teresinha Landeiro

Teresinha Landeiro tem novo disco, “Para dançar e para chorar”, e concertos a 9 de março no Teatro Aveirense, em Aveiro, a 26 de março no Teatro Maria Matos, em Lisboa, e a 20 de abril no Teatro Cinema de Fafe

O objeto escolhido pela fadista e compositora Teresinha Landeiro.

“Desde muito pequena que tenho medo de me sentir entediada. Para onde quer que fosse tinha de levar uma mochila com livros de colorir, lápis, um bloco para desenhar e mais lá coubesse.

Hoje em dia, sou igual, é rara a vez que uso uma mala onde não caiba um caderno, não vá eu ter cinco minutos.

A paixão por cadernos é tanta que até faço coleção. Problema: já não tenho espaço para os guardar nem coragem para escrever nos favoritos.

Sinto que imortalizamos as coisas quando as escrevemos em papel. Escrever no telemóvel é útil, mas as ideias para uma futura canção ficam misturadas com bens essenciais que temos de comprar na próxima ida ao supermercado, e perdem-se.

Tenho por hábito escrever tudo no caderno, das coisas mais giras que tenho guardadas são os rascunhos das primeiras letras que escrevi. Páginas de ideias, cheias de emendas, tudo muito desorganizado, tal como a cabeça de uma adolescente. Se as tivesse escrito no meu Nokia da altura, hoje já não existiam rascunhos. Vivam os cadernos.”

Fadista e compositora
27 anos