Susana Romana

O IRS, a desanca de Passos Coelho a Montenegro e Joana Amaral Dias no ADN

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

1

Os contribuintes portugueses já começaram a fazer as suas declarações de IRS. Se tiverem erros, não se preocupem: o Governo em funções também não pesca nada de como funciona o IRS.

2

O equívoco/trapaça (riscar o que não interessa) do Governo em relação ao prometido alívio fiscal é o contrário da avó que nos dá 20 euros “para comprar um gelado”. Neste caso, para comprar o gelado dão-nos o botão velho de uma camisa e ainda dizem para devolver o troco.

3

Mais uma semana, mais um grupo a lançar livros e a dar entrevistas para assim demonstrar como estão amordaçados, coitados. Parece quando eu digo que não jantei, só comi uma tosta mista, um pacote de Pringles, meio bolo de mármore e uma sopa de cozido.

4

O livro chama-se “Abril pelas Direitas”, critica o 25 de Abril e elogia Salazar, alertando para “um vírus do PREC bem vivo e mais contagioso e perigoso que o vírus da SIDA ou do Covid”. Já o vírus do fascismo, também é o resultado de muita gente andar a deixar cair a máscara.

5

Passos Coelho aproveitou uma entrevista para desancar em Montenegro. Lembram-se de Santana Lopes ter comparado o seu Governo a um bebé numa incubadora a quem os irmãos mais velhos dão uns estalos e uns pontapés? Este Governo tem o irmão a empurrar a incubadora até uma ravina.

6

Joana Amaral Dias vai ser cabeça de lista do ADN nas eleições europeias. A candidata já passou pelo Bloco de Esquerda, pelo Nós Cidadãos, pelo Juntos Podemos e pelo AGIR. Tem menos lealdade partidária do que Passos Coelho tem cabelo e pachorra para o mundo.

7

Amaral Dias faz sentido no ADN, já que também ela defende que a pandemia foi uma “fraudemia”. Adoro estas pessoas que vão contra a corrente. Para quando também conduzir do outro lado da estrada?

8

A Medialivre, dona do CM e da CMTV, vai lançar um canal televisivo e terá como colaborador o ex primeiro-ministro António Costa. Acho super visto ir fazer comentário político. E que tal um programa de bricolage, em que ensina a desmontar uma maioria para fazer uma estante?

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 21 de abril – número 1665 – da “Notícias Magazine”]