Susana Romana

Diogo Ribeiro, Gonçalo da Câmara Pereira e a acusação de Trump a Taylor Swift

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

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Janeiro de 2024 foi o mais quente de sempre, anunciou o Observatório Europeu Copernicus. Saudades do tempo em que os recordes que nos ocupavam o pensamento eram o Maior Pão Com Chouriço em Viseu.

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Diogo Ribeiro tornou-se no primeiro campeão mundial português na natação, aos 19 anos. Num país em que os jovens têm tanta dificuldade em manter-se sequer à tona, isto é histórico.

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Donald Trump acusa Taylor Swift de ser “desleal” caso apoie Joe Biden na corrida à Casa Branca, porque o atual presidente dos EUA “não fez nada por ela e nunca o fará”. Ansiosa por que seja também este o foco das nossas eleições, com Montenegro a acusar Pedro Nuno Santos de não ter um único CD de Tony Carreira.

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Apesar de estar desaparecido das ações da AD, Gonçalo da Câmara Pereira, líder do PPM, garante que “não há mal-estar nenhum” e que irá participar na campanha oficial. Deve ser o mesmo “participar” de quando deixo o meu filho cozinhar comigo e o meto a brincar com farinha que nem será usada.

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Ter o PPM na coligação é, aliás, um puro golpe de nostalgia. Nas legislativas de 2022, foi o partido menos votado, com uns estonteantes 260 votos. Parece aquelas campanhas da Olá para trazer de volta o Fizz, mas se o Fizz fosse feito de bocas misóginas e ideias de tascas.

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O número de cesarianas no SNS está a crescer, tendo sido 32% dos nascimentos em 2023. Os obstetras dizem que não existem razões médicas para tal fenómeno, pelo que têm de ser razões económicas. Nunca mais se faz uma PPP para os miúdos virem de Glovo, caramba.

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Os bancos que tiveram lucros históricos em 2023 temem ser tema de campanha política, contrapondo que o setor dá o seu contributo à sociedade com os impostos que paga. Bom, vocês não dão sequer o contributo à sociedade de ter balcões abertos depois das 15 horas.

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O Euromilhões está a celebrar 20 anos. Os portugueses gastaram em média 66,4 milhões por mês no boletim e ganharam em prémios metade do que apostaram – 33,2 milhões por mês. Pagar algo para só receber metade? Acho que podemos oficializar que o Euromilhões funciona como os impostos, mas com melhor marketing.

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 18 de fevereiro – número 1656 – da “Notícias Magazine”]