Peregrinos em Lisboa, o filme “Barbie” e o Twitter que agora é X

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Está aí a Jornada Mundial da Juventude. Como moradora em Lisboa, estou ansiosa. É que todos nós teremos de fazer parte destes Jogos Sem Fronteiras, nos quais apanhar o metro ou ir ao pão vai ser mais difícil do que escalar um contraplacado com detergente. Chamem o Eládio Clímaco.

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No meu caminho para o trabalho, passo todos os dias pelo palco do Parque Eduardo VII e vi a estátua fálica de Cutileiro a ser coberta pela dita estrutura. A igreja a esconder coisas de índole sexual é uma piada que faz a si própria, certo?

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Os peregrinos vão ter direito a um passe especial para os transportes da Área Metropolitana de Lisboa, comparticipado em 40 por cento pelo Estado. Boa sorte a apanharem comboios da CP – ao menos vocês têm cunhas para milagres. Bem vão precisar.

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O filme “Barbie” foi o mais visto em Portugal no fim de semana de estreia, com 189 709 espectadores. Muitos deles foram ver o filme vestidos a rigor, com roupas cor-de-rosa a lembrar as da boneca. Espero que nas JMJ também estejam pessoas a fazer cosplay do Papa, era o mínimo.

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O líder de extrema-esquerda e deputado norueguês Bjørnar Moxnes renunciou ao cargo depois de ter sido preso por roubar uns óculos de sol de marca de uma loja no aeroporto de Oslo. Eu percebo. Se calhar queria trocar os óculos por uma sandes mista e um galão aos preços desse mesmo aeroporto.

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Elon Musk alterou oficialmente o nome e logótipo do Twitter para X e disse que o seu objetivo é torná-lo numa “aplicação de tudo”. De tudo, não sei, mas que neste momento é uma aplicação de uma crise de meia-idade de quem já comprou os carros desportivos todos que havia para comprar parece-me óbvio.

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Eu estou para aqui a gozar, mas o CEO da Tesla e dono do X recuperou esta semana o título de pessoa mais rica do Mundo. A Floribella era pobre em ouro e rica em sonhos. Musk é rico em tudo, mas também me parece claramente alguém que conversa com árvores e objetos no geral #chalupa

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Continuam as vagas de calor preocupantes: só no último mês foram atingidos os 50 °C no Vale da Morte, EUA, e 45,3 °C na Catalunha, Espanha. A Grécia também está em apuros. Eu culpo as instagrammers que metem fotos em biquíni. Não fazem manchetes a dizer que elas é que sobem a temperatura?

[Artigo publicado originalmente na edição do dia 30 de julho – número 1627 – da “Notícias Magazine”]