É uma questão recorrente: e agora, o que vou calçar com esta minissaia? Ou com aquelas bermudas? Ou com as minhas calças mais clássicas?
Já sabemos que não há fórmulas universais e que o que funciona num corpo alto e esguio nem sempre se aplica a um corpo mais baixo e volumoso. Mas falámos com duas especialistas que se disponibilizaram a dar uma ajuda.
Susana Marques Pinto, stylist, ressalva, logo à partida, que vivemos numa época em que “os saltos altos estão praticamente postos de lado” (com algumas exceções, como veremos mais à frente). O que se reforça se estivermos a usar saias ou calções mais curtos. Porque sim, neste caso o tamanho importa. “O que se usa mais são os mocassins e as sabrinas.” Mas os sapatos do estilo mary jane também podem ser uma boa opção. Ou, no caso dos homens, os sapatos de atacadores.
Para os dias de chuva, e num registo mais descontraído, as Hunter [galochas] também entram no cardápio. Rita Machado, consultora de imagem, concorda. E também defende que, com calções ou saias curtas, as sabrinas e as botas rasas, eventualmente até ao joelho, funcionam melhor. Os loafers também.
Já se falarmos de bermudas, outras opções podem ser válidas. “Aí já pode fazer sentido uma bota ou uma sandália com um bocadinho de salto. Dá elegância e estrutura ao próprio outfit.” Lembra, no entanto, que dependerá sempre do contexto. E das várias combinações. “Usar uma saia ou um calção curto com um salto pode fazer sentido no contexto de uma festa, se depois compensarmos com uma blusa, por exemplo.”
E em relação às calças? Susana Marques Pinto realça que “atualmente já quase só se usam as calças hiperlargas”. E que nesse caso, sim, são admissíveis os clássicos. Eventualmente um salto. Rita distingue entre as calças de alfaiataria, mais compridas, em que pode funcionar um sapato bicudo, ou até uma sapatilha, se a ideia for um look mais casual chic, e as calças acima do tornozelo, onde voltam a fazer sentido os saltos.
