O objeto escolhido pelo ex-futebolista Cândido Costa.
“O objeto que escolhi, com um enorme valor sentimental, é uma pasta que contém cartas do meu pai. Tenho uma relação muito forte com o meu pai. Naturalmente por isso, mas também pelo companheirismo e profunda admiração pelos valores que o meu pai tem e defende.
Tinha 15 anos quando fui confrontado com a possibilidade de abraçar o meu sonho de ser futebolista. Para isso, necessitava de sair de casa e rumar a Lisboa. Foi duro.
Todas as semanas recebia uma carta do meu pai, eram mesmo um guia espiritual. Um consolo. Vinham carregadas de sentimento, de força e de muitos ensinamentos. O efeito que tinham em mim na altura era indescritível.
Já lá vão 25 anos e continuo a lê-las. Nada muda. Continuam válidas e fundamentais para a minha estabilidade. Fazem de mim uma pessoa melhor e mais terra a terra. São sinónimo de força.
‘Juntos venceremos’ está tatuado no corpo do meu pai, mas também está presente em cada carta, em cada palavra e em mim.”
Ex-futebolista, repórter e comentador
42 anos
