Lausus, o bolo-rei com sabor a mel, castanha e lenda

“Lausus” é a mais recente criação da Status - Escola Profissional da Lousã. Este bolo-rei é inspirado na lenda do Castelo de Arouce e envolveu toda a comunidade escolar, que se dedicou em massa a criar uma marca ligada ao território

A escola profissional da Lousã reinventou o doce tradicional com produtos locais, superando expectativas e deixando muitos com água na boca.

Na Lousã, o bolo-rei faz-se com produtos típicos da terra, que é como quem diz que as tradicionais frutas cristalizadas cederam o lugar ao mel e à castanha neste doce natalício. A nova iguaria, lançada há dias pela Status – Escola Profissional da Lousã, numa feira regional, foi até buscar o nome ao protagonista de uma lenda de amor. As expectativas foram superadas e as encomendas vão ajudar a financiar novas ideias de negócio.

O Lausus, assim se chama este bolo-rei, surgiu no âmbito do programa de empreendedorismo da escola profissional, que procura “capacitar os alunos”, explica a diretora Patrícia Duarte, sublinhando que a ideia de negócio, dada a saborear há dias na Feira do Mel e da Castanha, na Lousã, acabou por “envolver toda a escola”. Os diferentes cursos ficaram responsáveis pelas tarefas de criação da imagem da marca, identidade corporativa, vídeo promocional, software de gestão, decoração, parcerias e definição de orçamentos.

O nome foi inspirado na lenda do Castelo de Arouce, segundo a qual Lausus atacou a fortaleza, mas acabou por morrer, deixando a princesa a suspirar pelo seu amado. “Tal como a princesa suspira pelo príncipe, queremos o país todo a suspirar pelo bolo-rei Lausus”, diz Patrícia Duarte.

Para concretizar a ideia, foi feita uma parceria com a Pastelaria Requinte dos Doces, da Lousã. Nuno Cruz, o proprietário deste estabelecimento, diz que o novo bolo-rei, “diferente do habitual”, tem suscitado “curiosidade”. A novidade, que leva frutos secos, castanhas e mel, dá resposta àqueles que não consumiam o bolo tradicional por “não gostarem de frutas cristalizadas”, acrescenta.

O Lausus “superou as expectativas”, conta Patrícia Duarte. Não só porque a procura na feira foi grande – planearam colocar 200 bolos à venda, mas a procura foi tal que tiveram de aumentar a quantidade e acabaram por vender 800 ainda antes do fim do certame -, mas porque os alunos “perceberam que as competências para a vida precisam de ser experienciadas”.

Os bolos vão poder continuar a ser encomendados, agora num site que os alunos estão a ultimar. “Toda a gestão de vendas e de encomendas estará a cargo da Associação de Estudantes”, vinca o estabelecimento. Os lucros serão investidos em novas ideias de negócio dos alunos da Status.