Inês Tralha, a mentora que aperfeiçoa o surf no feminino

Inês Tralha já tem recebido diversas manifestações de interesse, planeando avançar no final de agosto

Inês Tralha, referência da modalidade, aproveita conhecimento para avançar nos próximos dias com acompanhamento personalizado de mulheres entre os 30 e os 50 anos que querem melhorar desempenho.

O “surf não pára de evoluir e há sempre margem para progredir e aprender”, acredita Inês Tralha, nome de referência do surf em Portugal que se prepara para avançar com um projeto de mentoria exclusivo para mulheres entre os 30 e os 50 anos. Para apoiar quem já é autónoma mas nutre paixão tal pela modalidade que procura apoio profissional e personalizado para ser ainda melhor.

Aos 45 anos, e ultrapassado um problema de saúde, este projeto marca o regresso de Inês Tralha à atividade, com um toque de singularidade, a exigência de sempre e aproveitando o vasto conhecimento que foi acumulando desde que começou a apanhar ondas. É que, ao longo das últimas duas décadas, para além da vertente de competição, Inês Tralha tem sido treinadora, fundou a escola Good Surf Good Love e criou um método de ensino e treino personalizado que aproveita técnicas de outras modalidades, biomecânica e neurociência.

Esta mentoria destina-se a mulheres “maduras”, já com autonomia, que queiram melhorar o seu desempenho na modalidade. “No mar vejo muitas mulheres com vontade de evoluir no surf e pensei nelas. (…) Quero dar um apoio às mulheres que têm esta vontade grande.” Mulheres que alimentam uma “paixão pelo surf”, que começam a ter “mais disponibilidade” a nível familiar, laboral e monetário para “investir nesse sonho”, explica a surfista.

“Como há no mercado mulheres exigentes como eu, pensei que poderia fazer uma mentoria semelhante à carreira dos atletas”, especifica Inês Tralha, sublinhando que a ideia é “particularizar de acordo com as capacidades, competências e características de cada mulher e criar um programa que possa trabalhar os seus objetivos de forma ajustada”.

As inscrições estão abertas e Inês Tralha já tem recebido diversas manifestações de interesse, planeando avançar no final de agosto. A mentoria terá a duração de três meses mas, quem quiser, pode depois continuar a ter acompanhamento.

As aulas vão decorrer sobretudo no Baleal, em Peniche, mas estão previstas sessões noutros locais. Uma vez por mês, o encontro durará um dia inteiro e contará com a presença de outros profissionais, “da área da ciência”, para adicionar valor e conhecimento. O custo é de 350 euros/mês, havendo um desconto de 40% para quem se inscrever até 15 de agosto.