Fumo semibranco com os médicos

O entendimento obtido entre o Ministério da Saúde e o Sindicato Independente dos Médicos é um acordo intercalar

Na derradeira ronda negocial entre o ministro da Saúde e os sindicatos dos médicos, houve, por fim, um entendimento. Mas o acordo foi assinado com apenas uma das estruturas sindicais e os aumentos ficaram aquém do pretendido.

14,6%
É a percentagem de aumento salarial de que beneficiarão os médicos em início de carreira com horário de 40 horas. Para os assistentes o aumento será de 12,9% e para os assistentes seniores de 10,9%. O acordo produz efeitos a partir do início do próximo ano.

O entendimento “possível”
Manuel Pizarro ressalvou que, nas atuais circunstâncias, “era impossível tratar todas as matérias” e admitiu tratar-se do “acordo possível”, alcançado com “um esforço muito grande do Estado”.

“É um mau acordo para os médicos e para o Serviço Nacional de Saúde”
Joana Bordalo e Sá
Presidente da FNAM, que abandonou as negociações sem aceitar o acordo

Acordo intercalar
O entendimento obtido entre o Ministério da Saúde, liderado por Manuel Pizarro, e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) é um acordo intercalar, o que significa que não houve entendimento em todas as matérias e que vigora até que haja no-vo acordo ou governo (ou seja, o próximo Executivo terá de revê-lo ou ratificá-lo).

60%
É o aumento previsto para os cerca de dois mil médicos especialistas em medicina geral e familiar que transitam para as USF modelo B. Quem adira ao regime de dedicação plena terá um aumento de 43%.