As campanhas do Estado para ajudar o povo

Outrora em Portugal, o Estado empenhou-se em campanhas para tornar país autossuficiente em termos de bens essenciais, durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ambiguidade da diplomacia de Salazar isentou Portugal dos horrores da guerra, mas não impediu a espiral de pobreza nos campos, o racionamento e o mercado negro de géneros alimentícios.

O nabo e o milho foram vistos como solução de cultivo e fonte de rendimento para os agricultores portugueses, um plano do Ministério da Economia do Estado Novo para aumentar a poupança, a autossuficiência e reduzir a pobreza e a deficiente nutrição que nessa época grassavam no país.

Para estimular a produção agrícola e pecuária, que pretendia minorar também os efeitos das desastrosas colheitas de 1940 e 1941, o Ministério da Economia desenvolveu uma intensa campanha de cartazes.

Avanço no tempo, ano 2023. Trava-se uma guerra na Europa. A inflação sobe, o preço dos bens essenciais também. Pouco poder de compra. Contenção nos gastos. Refeições mais pobres.

A campanha do Estado é outra. Visa uma lista de 46 produtos alimentares essenciais que passaram a estar isentos de IVA – na sequência de um pacto tripartido assinado entre o Governo e os setores da produção e da distribuição alimentar – e que inclui legumes, carne e peixe, arroz, massas, leite, frutas, leguminosas, entre outros.

Há épocas da História que não deveriam ser revividas.