A rubrica "Máquina do Tempo" desta semana recorda a criação do Pacto de Varsóvia, uma resposta à NATO (aliança de interajuda na defesa dos seus membros, em caso de ameaça soviética).
No final da Segunda Guerra Mundial, os países vencedores puseram em cima da mesa a possibilidade de manter uma aliança militar, mas a agressiva expansão do bloco comunista conduziu as negociações ao fracasso.
Em 1947, a União Soviética abandonou os objetivos definidos para uma conferência que decorria em Moscovo. Estava dada a machadada final no sonho da paz mundial. Os países da Europa ocidental e os Estados Unidos uniram-se então para criar a NATO, oficializada a 4 de Abril de 1949, em Washington. Uma aliança que visava a interajuda na defesa dos seus membros, em caso de ameaça soviética.
A União Soviética e os seus aliados responderam com o Pacto de Varsóvia. Um tratado militar semelhante, assinado a 14 de Maio de 1955. Faz hoje precisamente 68 anos. Desde aí, os dois blocos dividiram o Mundo. A tensão era constante. Envolviam-se em conflitos em várias pontos do Mundo, mas nunca se enfrentaram diretamente. O potencial bélico acumulado pelos dois lados travou sempre a putativa terceira guerra mundial. Se um atacasse, ninguém sobreviveria.
A Guerra Fria durou anos. Só perdeu força com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o desmantelamento da URSS, nos anos seguintes. O Pacto de Varsóvia ruiria pouco depois, enquanto a NATO se mantém ativa, embora com outros objetivos.
O conflito que se trava em solo ucraniano, e que não tem fim à vista, recorda-nos esses tempos. Os pactos hoje são outros, envolvem outros países, movem-se por outros interesses. No entanto, assustam tanto como há 68 anos.