Zelensky, o Dia da Liberdade, Macron e Le Pen
Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.
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Amanhã é feriado, celebra-se o Dia da Liberdade. Este ano também conhecido como “o dia em o PCP vai ver se consegue limpar a imagem dos últimos dois meses”. É que curiosamente tem sido uma no cravo e outra na ferradura (ou na foice, pronto).
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Novamente, a Iniciativa Liberal promove um desfile próprio. Já sabem as regras: iPads com PowerPoints dinâmicos em vez de cartazes e as imperais só se pagam com bitcoin. Ah, e o naming do evento está à venda, caso haja alguma marca interessada, tipo Coca Cola April Fest.
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Zelensky falou ao Parlamento português na passada quinta-feira. Tem um ar cansado e sofrido, mas mesmo assim menos do que o Fernando Medina, que só é ministro das Finanças há um mesito.
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Hoje é a segunda volta das eleições presidenciais em França. As sondagens dão Macron e Le Pen muito perto, mas da maneira que andam as sondagens nem me admiro que ganhe o bardo dos livros do Astérix.
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Há quem ache que uma possível vitória de Le Pen seria um duro golpe para a Europa, mas parece-me o oposto. Uma mulher que tanto afaga a extrema-direita como vai ao brunch com a coqueluche de (alguma) esquerda Putin parece-me uma máquina de consensos.
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A marca de luxo Prada revelou que teve um início do ano acima das expectativas, apesar da guerra. É bom saber que a inflação só aumentou o cabaz alimentar, a pochete fashion continua muito em conta.
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Os gabinetes de Boris Johnson e do MNE britânico foram alvo de um ataque cibernético. Mas relaxem: era só alguém a tentar ter acesso às playlists de Spotify daquelas brutas festas em Downing Street.
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Há mais um professor da Faculdade de Direito de Lisboa acusado de assédio sexual. Segundo relatos, tentava convidar alunas para encontros e, quando rejeitavam, insultava-as. De certeza que há aqui um equívoco e o pobre senhor só estava a tentar fazer exercícios práticos de ilegalidades várias. Stor, isto conta para nota?