Uma coisa é saltar, outra é correr

O calçado para correr não é o mesmo que o calçado para exercício estático (Foto: Pexels)

Há características a ter em conta na hora de comprar calçado desportivo. Dependendo da finalidade, escolher sapatilhas tem muito que se lhe diga. Cada passada pede um par e, para não haver erros, convém pedir ajuda a quem entende da matéria.

Optar pelas sapatilhas erradas pode levar a que os benefícios da corrida não sejam aproveitados ao máximo ou, em casos mais graves, que haja lesões. Antes de ser o par que mais se gosta em termos estéticos, é importante ser o que maior conforto oferece, para que os pés não sejam preocupação antes, durante e após o exercício.

A primeira regra a seguir no momento da compra é optar por lojas especializadas em exercício físico e que tenham algum profissional que possa esclarecer e aconselhar. Quem o recomenda é Marta Silva. A personal trainer salienta que é fundamental comprar “sem pressas”, pois “é preciso tempo para experimentar vários modelos” e só depois optar pelo mais confortável.

A profissional de Braga destaca um truque que ajuda na hora da decisão: experimentar as sapatilhas na loja com as meias (e palmilhas, se for o caso) que se utilizam, normalmente, no dia a dia. A seguir, deve-se perceber se o pé tem espaço suficiente para que os dedos se mexam à vontade e, claro, não pode haver dor em nenhuma parte. Outra dica importante passa por evitar um erro comum: optar por calçado apertado com a expectativa de que venha a alargar. “O normal é não alargarem com o uso”, frisa Marta Silva.

Há ainda outros problemas que não ajudam no momento da compra. Não saber qual o tamanho indicado para o próprio pé e não ter ideia que cada marca e modelo apresentam dimensões diferentes. A personal trainer ainda realça outro raciocínio usual, mas errado: comprar umas sapatilhas a pensar que são para “a vida toda”. “Se forem regularmente usadas, só terão a duração de um ano, em boas condições e de forma a não prejudicarem o atleta.”

Até ao último pormenor

Para quem procura aconselhamento mais pormenorizado, a especialista em exercício físico lembra que o amortecimento da sola, a forma da mesma e a flexibilidade do calçado devem ser aspetos a considerar. As sapatilhas de corrida “não devem ter sola lisa” e, por outro lado, devem permitir flexibilidade na parte frontal, “de maneira a encaixar bem o pé na forma de correr”.

Para finalizar, ter em consideração que cada pessoa tem uma passada diferente. O passo do atleta pode ser neutro se este “apoiar o pé de forma uniforme no contacto com o solo”. Mas no caso de ser uma “passada supinada, na qual se usa mais a parte externa do pé”, o atleta deve procurar uma sapatilha “com um grau de amortecimento maior e mais flexível”, para compensar essa irregularidade. Já as pessoas com a passada “pronada, que utilizam mais as pontas dos pés”, devem ter modelos que permitam um maior controlo de movimento.

O calçado para correr não é o mesmo que o calçado para exercício estático, alerta Marta Silva. “Todas as sapatilhas de running são pensadas exclusivamente para correr, de forma a dar uma melhor passada ao utilizador, para que não sinta o impacto”. Já as sapatilhas de treino necessitam de outras características diferentes, como uma sola lisa para uma proximidade maior e mais uniforme com o solo.

SauCony | 190 euros
Hoka | 119,95 euros
Asics | 140 euros
Axel Arigato | 260 euros
Adidas | 50 euros
Lacoste | 135,87 euros
Mizuno | 124,99 euros
New Balance | 100 euros
Nike | 119,99 euros
Puma | 159,99 euros
Under Armour | 140 euros