Preço dos combustíveis: escalada sem fim à vista

O preços dos combustíveis líquidos aumentou 11%, nos últimos dois anos (Foto: phpetrunina14/AdobeStock)

E aí vão nove subidas consecutivas do preço dos combustíveis noutras tantas semanas deste ano. Guerra entre Rússia e Ucrânia promete agravar ainda mais tendência crescente.

Subir, subir, subir
Na última segunda-feira, 28, registou-se uma subida média de 2,5 cêntimos por litro no preço do gasóleo e de dois cêntimos na gasolina. Desde 3 de janeiro, a gasolina simples 95 acumula já um agravamento de 14 cêntimos/litro e o gasóleo de 17 cêntimos.

11%
O aumento dos preços dos combustíveis líquidos, como gasóleo e gasolina, nos últimos dois anos.

Um gatilho chamado Ucrânia
Se a tendência já era de subida, até por causa da recuperação das principais economias mundiais, a guerra no leste de Europa veio exponenciá-la. As cotações do Brent, o petróleo do mar do Norte que serve de referência na Europa, já atingiram máximos desde 2014. E as ondas de choque prometem continuar.

O que estamos a pagar
Entre os aumentos do ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos), que incorpora a taxa de carbono, e o IVA, os impostos em Portugal têm um peso de 54% do preço final da gasolina. A incorporação crescente de biocombustíveis, mais caros do que os combustíveis fósseis, também pesa na fatura final.

E o Governo, o que diz?
João Galamba, secretário de Estado da Energia, anunciou o prolongamento do programa Autovoucher (que permite receber um reembolso de cinco euros/mês pela despesa em postos de abastecimento) e o alargamento do gasóleo profissional (menos taxado) às empresas de transporte coletivo de passageiros. Garantiu ainda que estão a ser desenhadas medidas para proteger a economia “e sobretudo as empresas”.