Paco, o assistente pessoal para o trabalho e a família

Emily Hilton, da Paco, serviço de personal assistence

Da correria de Londres ao sol de Lisboa, Emily Hilton mudou-se a desejar uma vida calma, mas foi travada pela burocracia. Criou a Paco, uma empresa que presta o apoio que gostaria de ter tido.

“Todos precisamos de mais tempo no dia, não é?” É nesta premissa que assenta o negócio da Paco, fundada no ano passado por Emily Hilton e Christopher Jones. A inspiração foi a própria história da cofundadora. De dificuldades, confusões e entraves de quem queria mudar da vida stressante de Londres para a calma e soalheira Lisboa.

Com o antigo emprego, Emily Hilton nunca tinha “os pés no chão”. Foram cinco anos desgastantes até decidir mudar de carreira. Ainda no Reino Unido, criou uma marca de roupa de banho, com confeção em Portugal. Decidir transferir o negócio e a vida para as ruas lisboetas foi uma decisão fácil. “Vim para Portugal com a vontade de abrandar e fazer crescer o meu negócio aqui”, conta a jovem que, na altura, ainda não tinha a Paco nos planos.

Chegada a terras portuguesas, não esperava tanta burocracia. “Percebi que mudar-me não era simples e sentia que cada meta que tentava atingir chocava com alguma dificuldade ou confusão.” Com o sonho de uma vida simples e tranquila, começou a ficar “ainda mais stressada do que quando estava em Londres”. Não era a única. Reuniu-se com empresários que foi conhecendo e todos vivenciaram dificuldades semelhantes às suas. “Isso espoletou naturalmente a ideia de criar um negócio que pudesse ajudar pessoas a mudar-se para Portugal e a administrar empresas em início de vida.”

Oito meses depois de estar por cá, em julho do ano passado, era lançada a Paco. Juntou-se ao colega e criaram a empresa de assistência pessoal, com o objetivo de “eliminar todo o “barulho” administrativo pelo qual têm de passar os empreendedores que desejam focar-se no negócio e no lado criativo”.

A maioria dos clientes chega a Portugal vindos dos EUA, Reino Unido, Alemanha ou França. São pais recentes, acabaram de lançar uma empresa ou precisam de ajuda na administração da vida pessoal. O serviço de assistência de luxo é assegurado por uma equipa de cinco pessoas. Não há pressa de crescer, a ideia é manter o foco num apoio de excelência. No horizonte, já começam a ser trabalhados novos planos para oferecer mais horas de apoio aos clientes e uma plataforma de networking.

E o que faz um assistente pessoal? A partir de 200 euros por mês, resolve questões burocráticas, ajuda em serviços empresariais, realiza tarefas pessoais e até tem um toque de proximidade, como preparar a casa dos clientes com receção e flores após um período de férias. Por tudo isso, Emily Hilton considera que a Paco é única. “Somos como uma extensão à família ou um amigo pronto a ajudar.”