Lâmpada: e fez-se luz. Para Edison e para o Mundo

Como quase em todas as invenções, foram os constantes melhoramentos da lâmpada que abriram caminho até à modernidade (Foto: Freepik)

Um filamento fino de carvão a alto vácuo foi a invenção do cientista americano para pôr fim ao excessivo calor das soluções anteriores.

Se Thomas Edison fosse um rei, o cognome a atribuir-lhe não inspiraria dúvidas: Edison, o inventor. Basta ver que o cientista americano, nascido no estado do Ohio em 1847, foi autor de quase duas mil invenções, tendo patenteado mais de mil. Uma versão melhorada do telefone e o projetor de cinema estão entre os coelhos que tirou da cartola. Mas o objeto que mais lhe deu fama foi mesmo a lâmpada.

Primeiro, o contexto. Em 1879, quando Edison conseguiu que a primeira lâmpada incandescente (na foto) ficasse acesa durante dois dias, já existiam as chamadas lâmpadas de arco, ou seja, uma corrente que passava entre duas hastes eletrificadas e produzia luz. O problema é que, além de serem pouco eficientes, geravam muito calor, pelo que não podiam ser usadas em qualquer lugar. Conclusão: casas, lojas e afins ainda se alumiavam à custa de velas e lampiões.

Até que Edison, que também ficou conhecido como “o feiticeiro de Menlo Park”, resolveu o problema recorrendo a um filamento fino de carvão a alto vácuo. Não se pense, contudo, que o engenho caiu do céu: antes disso, já tinha testado uma catrefada de materiais diferentes, das ligas metálicas ao bambu.

Mas, como quase em todas as invenções, foram os constantes melhoramentos que abriram caminho até à modernidade: em 1938, o croata Nikola Tesla inventou a lâmpada fluorescente e com ela uma alternativa que permitia uma maior poupança de energia; em 1958, surgiu a lâmpada de halogéneo; depois, em 1989, 110 anos após a revolução original de Edison, as lâmpadas LED voltaram a virar do avesso o mercado, com custos mais baixos, alta durabilidade e mais sustentabilidade. Resta saber agora que invenções nos reservam os próximos 110.