Credit Suisse, o banco dos maus

Hélder Bataglia será um dos portugueses envolvidos na investigação “Suisse Secrets”

Investigação “Suisse Secrets”, levada a cabo por consórcio internacional de jornalistas, revelou que o Credit Suisse, presidido por António Horta-Osório até ao mês passado, guardou secretamente as fortunas de políticos corruptos, ditadores, traficantes de droga e outros criminosos. Instituição nega acusações.

Nomes pouco recomendáveis
Entre as personalidades controversas com contas abertas na instituição contam-se, por exemplo, o conselheiro financeiro do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, o general Khaled Nezzar, ex-ministro da Defesa da Argélia, que está a ser julgado por crimes de guerra, e membros de uma rede búlgara de traficantes de droga.

Alertas ignorados
Segundo o “The New York Times”, o banco terá deliberadamente ignorado os alertas dos seus próprios funcionários sobre “atividades suspeitas” nas finanças dos seus clientes.

“Não me recordo de alguma vez ter uma conta bancária no Credit Suisse com Álvaro Sobrinho”
Hélder Bataglia, em resposta a questões colocadas pelo consórcio “Organized Crime and Corruption Reporting Project”

88 mil milhões
O montante em euros que os clientes identificados pela investigação como problemáticos chegaram a acumular nas contas do Credit Suisse.

Portugueses envolvidos
O “Expresso”, representante português no consórcio, garante que há mais de cem portugueses envolvidos na investigação “Suisse Secrets”. Destes, os mais conhecidos serão Álvaro Sobrinho e Hélder Bataglia, visados na Operação Monte Branco e num inquérito-crime sobre a apropriação de centenas de milhões de euros no Banco Espírito Santo Angola.