Patrícia Telhado criou elásticos que prendem objetos ao banco do passageiro para que não haja peças espalhadas pelo automóvel. Bag Up é o nome da marca que tem, para já, oito modelos com pinta.
A ideia surgiu há uns anos, ainda nem sequer tinha nome. Patrícia Telhado, gestora de eventos, estava farta de ver a mala aos trambolhões pelo carro. Ou era uma curva mais apertada, ou uma travagem a fundo, e a carteira aos tombos, o telemóvel a saltar e a cair na frincha onde a mão não cabe, compras pelo chão. Pensou numa fita para prender tudo aquilo, pesquisou em todo o lado, não encontrou nada. E pensou: “Se calhar, é uma boa ideia de negócio”. Veio a pandemia e o projeto renasceu. A Bag Up viu a luz do dia no início do mês passado.
Patrícia mergulhou em território até então desconhecido para si, na arte da passamanaria, do têxtil, fez um protótipo em 2021, sentia que havia ali potencial, uma solução inovadora, simples, prática. Para prender objetos e poupar nervos ao condutor. “São fitas muito simples para colocar ao redor do banco para prender qualquer objeto que transportamos. Qualquer coisa, uma caixa, um saco de compras, um saco de frutas, um saco de take-away, uma mala que não queremos que ande aos trambolhões”, conta. A fita fica em tensão e pode ser puxada para cima ou para baixo, conforme o objeto a segurar. Para que não caia, não parta, não entorne. Depois da utilização, pode continuar onde está. “Desde o início, queria que fosse um produto português. O elástico é costurado de raiz numa fábrica portuguesa, os sacos de pano, onde são colocadas as fitas, são produzidos em Portugal, numa fábrica de costura.”
A cabeça de Patrícia não pára, sempre a inventar coisas. “Queria muito fugir da conotação de acessório automóvel”, adianta. Queria fitas bonitas, com estilo. “Acessórios diferentes, cool, trendy.” Convidou Vanessa Teodoro, artista urbana, para desenhar duas fitas para a Bag Up. Daqui para a frente, no Dia Mundial da Arte, 15 de abril, lançará uma peça especial desenhada por um artista.
As fitas estão à venda no site da Bag Up, são oito modelos, cada uma custa 15 euros, 20 a edição especial. Patrícia ambiciona ter o seu produto em lojas. “Não existindo nada assim em lado nenhum do Mundo, posso explorar outros mercados.” Como, por exemplo, a área corporativa, empresarial, com fitas personalizadas que podem funcionar como brindes ou merchandising para vários ramos de atividade. Haja vontade e imaginação.