Susana Romana

As eleições, as festas de Boris Johnson e os planos de Putin

Rubrica "Partida, largada, fugida", de Susana Romana.

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Domingo foi dia de irmos a votos para escolher o novo Parlamento. Houve uma happy hour, entre as 18 e as 19 horas, para votarem os portugueses infetados com covid. Houve álcool-gel, mas também devia ter havido Safari Cola.

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Como esta edição da revista saiu num dia em que a CNE ainda fez contemplar a reflexão, não pude escrever aqui longamente sobre política. Felizmente, na campanha também se falou pouco sobre política. Foi mais de animais de estimação e da Rosa Mota.

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Domingo tivemos então noite eleitoral, que é sempre algo que me interessa muito ver. Teve imensos comentadores isentos, tirando aquela parte de já terem tido cargos ao serviço de partidos. É como eu ir à escola do meu filho para comentar qual das crianças é a mais bonita.

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As festividades de Carnaval deste ano começaram já a ser canceladas um pouco por todo o país. É uma pena, porque eu queria ver exatamente quantas pessoas se iam mascarar com o pijama do Rendeiro.

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E por falar em festividades: Boris Johnson continua a comparecer a festas contra a sua vontade. Desta vez, foi ao seu próprio aniversário. Coitado, nunca ninguém o avisa de nada e desta vez nem sequer o avisaram de qual era a sua data de nascimento.

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Um deputado conservador veio defender Boris, dizendo que ele foi – e cito – “emboscado com um bolo” nos corredores de Downing Street. Esta moda dos bolos agora terem cobertura de brigadeiro e de ponta e mola para nos obrigar a soprar velas é uma tragédia.

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Já desistiram das vossas resoluções de Ano Novo? Putin, sempre inspirador, continua a cumprir a sua resolução de invadir a Ucrânia. Para já, anda entretido a construir uma marquise na Crimeia, para desgosto dos EUA e da UE.

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Pode estar uma guerra à vista? Talvez. Se forem a uma loja de brinquedos e virem o Nuno Rogeiro a comprar tanques da Playmobil, desconfiem.