Escolhas de Zeca Medeiros: a esperança não morre

Zeca Medeiros integra o elenco de “Senhora do Mar”, na SIC (Foto: Sara Matos/Global Imagens)

Escolhas culturais do ator, músico e compositor Zeca Medeiros.

Cem anos de solidão

Estava em Angola, na teia da Guerra Colonial, quando comecei a ler pela primeira vez este livro. Ao longe, num rádio, comecei a ouvir a “Grândola, vila morena”. Fiquei muito emocionado. Era o dia 25 de abril de 1974. Dia da vitória, dia da esperança. Sou admirador da obra de Gabriel García Márquez e, por esta razão e por outras, é um dos livros da minha vida.


La cathédrale

No ano da esperança de 1974, esperança que não morre, Jacques Brel fundeou o seu veleiro no porto da Horta. Algum tempo mais tarde, no regresso a Paris, Brel gravou este tema, onde refere os Açores. Fico sempre muito emocionado quando o ouço.


José Afonso

Há muitas nuvens negras no horizonte, mas ninguém apagará a luz do mês de abril. Uma das melhores maneiras de celebrar os 50 anos da democracia é escutar os cantores de Abril. E os Açores também andam pelas gravações de José Afonso. Viva o 25 de Abril.