Quando é preciso ajudar, todos podemos ser heróis

Ana Cláudia faz parte da equipa Heróis Missão Continente
Produzido por Brandstory Notícias Magazine

Um pequeno gesto solidário pode mudar a vida de alguém e os Heróis Missão Continente sabem disso. Dedicam-se, todos os dias, a contribuir com o que podem para causas em que acreditam.

O contexto sanitário que nos acompanhou no último ano e meio deixou a nu muitas das fragilidades sociais e económicas de uma parte da população, mas foi também neste período que vimos surgirem os mais sentidos movimentos orgânicos de solidariedade. E, às vezes, “para ajudar não é preciso dar, basta estar presente”, diz Eugénia Simões. A Eugénia e tantos outros portugueses já fazem parte da equipa Heróis Missão Continente, onde cabem todos aqueles que querem contribuir para um mundo melhor.

Esta heroína e trabalhadora num hipermercado no Barreiro participa na iniciativa Frigorífico Solidário, onde todos os dias “dez ou doze senhoras” levam sopa, fruta, pão ou qualquer outro alimento de que não precisem e entregam-no a famílias com dificuldades económicas. Sempre que sobra uma refeição, diz, é acondicionada numa caixa e colocada neste frigorífico especial dirigido à comunidade e reabastecido diariamente, de onde seguirá para a mesa de quem precisa. É um projeto que alia a redução do desperdício alimentar à doação deste tipo de bens. “A pobreza é envergonhada, as pessoas têm vergonha de dizer que não têm [comida]”, aponta. Eugénia Simões recorda, com carinho, o dia em que entregou um cabaz alimentar a uma família com crianças. “A moça veio em lágrimas receber-me à porta”, lembra com carinho.

Eugénia Simões

O incansável trabalho que desenvolve junto da sua comunidade faz com que tenha recebido uma alcunha peculiar de quem a rodeia. “Os meus colegas chamam-me Madre Teresa”, brinca. Certo é que Eugénia dedica-se à causa social há oito anos e hoje divide o seu tempo entre três projetos solidários – Projeto Gratitude, de apoio a famílias carenciadas; Casa dos Rapazes do Centro Social Paroquial da Igreja de Alhos Vedros; e Frigorífico Solidário dos Fidalguinhos. Pelo meio, já conseguiu angariar cinco cadeiras de rodas, 19 andarilhos, muitos carrinhos de bebé e tantos outros bens que faziam falta a alguém. “Temos de estar atentos a quem nos rodeia, conseguir ver quem precisa de ajuda”, atesta.

Ana Cláudia dedica uma parte do seu dia a ajudar instituições tanto a nível profissional, através dos programas de solidariedade da empresa onde trabalha, como pessoal. “A melhor forma de ajudar instituições é através de doações de roupa que já não precisamos e de bens alimentares, bem como através de voluntariado”, acredita. E porque considera que ajudar está no seu ADN, envolve toda a família em ações de solidariedade e leva os filhos consigo para o Banco Alimentar. “É muito importante para eles saber o que é ser solidário”, aponta. No clube de futebol onde joga o filho, Ana e o marido ofereceram o novo equipamento desportivo do clube a uma das crianças da equipa, cuja família não tinha possibilidade de adquirir a nova vestimenta. “Fico feliz vendo os outros felizes”, remata.

Ana Cláudia

Já a supervisora de linhas de caixa em Setúbal, Helena Conceição, não resiste a participar em iniciativas cujo objetivo é ajudar amigos de quatro patas, como faz com o Projeto Estrelinha. “A maior parte destes cães já passaram muito na vida”, diz, recordando o momento em que adotou um cão recolhido pela associação. “Ajudo a nível financeiro e com alimentação”, afirma, sublinhando que “se todos ajudarmos não custa nada”. A verdade é que qualquer apoio é bem-vindo ao Projeto Estrelinha, cuja responsável diz ter rendas em atraso e carências ao nível da alimentação e das intervenções veterinárias. “Vou de coração cheio”, conclui Helena Conceição.

Helena Conceição

E porque a união faz a força, a solidariedade deve ser partilhada por todos. É o que tem procurado fazer a iniciativa Heróis Missão Continente, que disponibiliza, no site oficial, uma lista de missões solidárias para que qualquer pessoa pode contribuir. A cada missão que completar, receberá crachás e prémios para colecionar, mas a maior recompensa, essa, está na sensação de dever cumprido e na consciência de que está a contribuir para um mundo melhor, garante a empresa. Desde oferecer alimentação a quem precisa ao reaproveitamento dos desperdícios, não faltam opções para exercer aquele que é o seu maior superpoder: ajudar.