Os ingleses, os arraiais e a marquise de Ronaldo
Rubrica "Partida, largada, fugida, de Susana Romana.
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Um saravá especial para quem está a ler esta revista numa esplanada no Porto. Cuidado, verifique se não há um adepto do Chelsea aí caído, mais de uma semana depois, sem sequer saber o resultado do jogo. Se houver, preste-lhe auxílio, que aquilo é gente coitada que não pode ser responsabilizada por nada.
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Supostamente, todos os ingleses que voaram até ao nosso país para assistirem à final da Liga dos Campeões viajaram dentro de uma bolha. Mas depois do que se passou acho que podemos concluir que era uma daquelas bolhas de ranho que as crianças pequenas fazem quando estão constipadas.
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Costa considera que até correu tudo benzinho. O que quer dizer que ao fim de semana não deve ver canais de notícias ou de desporto, só o Panda. E os Caricas cumpriram as normas da DGS, por isso está tudo bem.
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Ora a Champions já lá vai, mas isto levou a uma outra questão: então e os Santos Populares? O clima de festa só vale se pusermos o Santo António na baliza e o São João a avançado? Temos de meter cachecóis nas nossas sardinhas e bandeiras na nossa entremeada?
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Muitas são as zonas do país que já estão a dar a entender que não vão conseguir controlar os arraiais. Bom, ao menos não são arraiais de porrada, como os dos bifes bêbados (uma espécie de vinha d’alhos, mas com cerveja e Doritos).
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Uma escultura imaterial, que só existe na cabeça do artista, atingiu os 15 mil euros num leilão. Intitulada “Io sono” (Eu sou), a obra do italiano Salvatore Garau não tem existência física e é descrita pelo autor como “um ato de amor para com o desconhecido”. Tenho pena que não tenha havido mais artistas a pensar no mesmo, tipo os Polo Norte ou a carreira discográfica de Kátia Aveiro.
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Rita Matias, que no último congresso do Chega se confirmou como a figura principal da Juventude do partido, fez um discurso que, afinal, foi plagiado a Giorgia Meloni, presidente do Fratelli d’Italia (Irmãos de Itália), partido da ultradireita italiana. É que até o plágio é plagiado: a Melania Trump já tinha feito isto, filha.
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Continua a emocionante novela sobre a marquise de Ronaldo, já que o arquiteto do prédio ameaça processar e a Câmara de Lisboa garante que não deu autorização. É fazer como a moradia que o jogador construiu à socapa no Gerês: deixar o crime prescrever. Quem não se rala com zonas protegidas também não se rala com marquises fora do seu habitat natural.