Os cravos de Abril floriram em fevereiro [vídeo]

No dia do 90.º aniversário de António, a neta Penélope surpreendeu o aniversariante e promoveu uma videochamada com Celeste, a “madrinha” da revolução dos cravos, que o avô conheceu numa reportagem da NM.

António Alves de Carvalho viveu a ditadura e sofreu diretamente com as repressões do regime de Salazar. É por isso que dá tanto valor ao 25 de Abril e a tudo o que esteja relacionado com esse momento.

Em 2019, leu na nossa revista um trabalho com Celeste Caeiro, a mulher responsável pelos cravos vermelhos se terem transformado no símbolo da liberdade, uma vez que, nesse dia de 1974, tinha então 40 anos, ofereceu um cravo vermelho a cada um dos soldados que com ela se cruzaram, à esquina do Rossio, em Lisboa. Os militares colocaram as flores nos canos das espingardas e assim nasceu a Revolução dos Cravos.

A história sensibilizou de tal forma António, que, desde esse dia, nunca mais parou de reproduzir cópias da matéria da “Notícias Magazine” e de as emoldurar, para oferecer a familiares e amigos. Já lá vão mais de meia centena.

Na passada terça-feira, dia em que António comemorou 90 anos, a neta Penélope Gomes ofereceu-lhe uma surpresa muito especial. Com a ajuda da NM, da filha e da neta de Celeste Caeiro – e das novas tecnologias -, António teve a oportunidade de, a partir de Famalicão, conversar à distância com a “madrinha” da revolução de Abril. Os dois falaram da história daquele dia, “o mais feliz” da vida de Celeste.

Antes das despedidas, António prometeu enviar-lhe um quadro com o trabalho publicado na nossa revista. “Gostei muito, foi uma bela surpresa”, confessa o taxista reformado. Depois da pandemia, talvez a conversa continue presencialmente.

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