Cinto: velhinho como os Romanos

O cinto desempenhou um papel específico em determinadas culturas

Na origem, o cinto era um adereço imprescindível para os soldados. Mas também houve quem selasse importantes alianças com ele.

Quem quer que já tenha visto um filme alusivo ao tempo do Império Romano certamente se recordará da imagem dos soldados com cintos compridos à cintura. Serviam, na altura, um único propósito: guardar as armas. Longe de ajudarem a segurar as calças, longíssimo da questão estética a que hoje o associamos, a primeira vertente utilitária do cinto foi precisamente essa. Feito de bronze ou couro, crê-se que tenha surgido ainda em plena Idade do Bronze, milhares de anos antes de Cristo.

Curioso é perceber o significado que este objeto desempenhou em determinadas culturas. Entre os mongóis, por exemplo, era tão importante que as alianças eram seladas com a troca de… cintos. Já os francos, tribo germânica do século V, acreditavam que um soldado só derrotava verdadeiramente o inimigo quando lhe conseguia capturar o cinto. E basta olhar, ainda hoje, para o boxe para perceber a simbologia que este objeto pode ter.

Já se quisermos perceber o momento em que o cinto passou, por fim, a cumprir a principal finalidade que hoje lhe reconhecemos – segurar as calças, pois – teremos de avançar até meados do século XIX. Isto para os homens. Porque no caso das mulheres só mesmo a partir dos anos 1930.